Segurança do Metrô de São Paulo |
Andar de Metrô à noite tem exigido atenção redobrada da população.
Funcionários da companhia afirmam que, após as 22h30, o número de
agentes de segurança é reduzido nas estações das Linhas 1-Azul, 2-Verde,
3-Vermelha e 5- Lilás.
De acordo com o sindicato dos metroviários, o contingente de “homens
de preto” é composto por 1,3 mil agentes. Desse total, 1,1 mil são
divididos em três turnos, entre 4h e 22h. No período final da operação –
algumas estações permitem a entrada até 0h30– apenas 200 são escalados
para garantir a segurança.
Segundo os relatos dos metroviários, as equipes da noite são
concentradas em estações centrais, como Sé, São Bento, Luz, Paraíso e
Barra Funda. Classificadas como de maior visibilidade. Eles afirmam que
as demais são praticamente “abandonadas”, principalmente as localizadas
nos extremos das linhas. “Durante o dia, você tem uma dupla de agentes
entre Corinthians-Itaquera e Penha (Linha 3-Vermelha). Depois das 22h30,
não há nenhuma. O agente precisa sair de Tatuapé ou da Sé para atender a
um chamado”, relatou um agente de segurança que pediu para não ter o
nome divulgado.
Câmeras de vigilância
Os metroviários contam que, além dessa redução no número de
seguranças a partir das 22h30, parte das câmeras de vigilância
instaladas nas estações estão fora de operação. “Por problemas
operacionais, 10 das 18 estações da Linha 3-Vermelha enfrentam essa
situação. As câmeras não operam nas plataformas ou em outros pontos
estratégicos. Isso impacta diretamente nas operações de vigilância,
principalmente durante a noite”, diz um outro agente de segurança ouvido
pelo Metro Jornal.
Aumento dos furtos
O cenário descrito pelos metroviários pode ser um dos fatores que
contribuíram para um aumento de 54,7% no número de furtos informados à
Delegacia do Metropolitano, responsável por receber as ocorrências
registrados nas estações. Foram 246 casos em março deste ano – último
balanço da Secretaria da Segurança Pública– ante 159 no mesmo período do
ano passado.
Somam-se às estatísticas um estupro na Estação República (Linha
3-Vermelha) e um jovem que teve o pescoço cortado na Estação Santana
(Linha 1-Azul).
Nos trens, passageiros afirmam que têm redobrado a atenção na volta
do trabalho ou da faculdade. “Antes meus pais me aguardavam na rua em
frente à Estação Carrão (Linha 3-Vermelha). Agora, minha mãe vem até a
catraca”, conta Clarice Sampaio de Freitas, 22 anos, estudante de
administração, que desembarca, de segunda a sexta, às 23h na linha
Vermelha.
A Secretária Mariana Trentine, 38 anos, diz que passou a esperar pelo
marido na escada rolante da Estação Penha, Linha 3-Vermelha, quando chega
do trabalho, por volta das 22h30. “Tentaram me furtar na passarela,
quando descia para pegar o ônibus”, contou Mariana.
Outro lado
Procurado, o Metrô informou que, em 2014, como resultado das
estratégias de segurança, registrou apenas 0,9 ocorrências para cada
milhão de passageiros transportados. Esse índice está abaixo do padrão
internacional de transporte, que é de 1,5 ocorrência/milhão.
Segundo o Metrô, os 1,3 mil agentes atuam por meio de rondas.
Estão em operação mais de 3,5 mil câmeras de monitoramento. Elas ficam
integradas a um centro de controle. Os usuários podem colaborar por meio
do serviço SMS-Denúncia do Metrô (9 7333-2252).
Fonte da Notícia: Jornal Metrô
Imagem: Clube Metrópole
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