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quarta-feira, 27 de maio de 2015

Metrô tem apenas 15% de seus seguranças trabalhando após às 22:30

Segurança do Metrô de São Paulo
Andar de Metrô à noite tem exigido atenção redobrada da população. Funcionários da companhia afirmam que, após as 22h30, o número de agentes de segurança é reduzido nas estações das Linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 5- Lilás.

De acordo com o sindicato dos metroviários, o contingente de “homens de preto” é composto por 1,3 mil agentes. Desse  total, 1,1 mil são divididos em três turnos, entre 4h e 22h. No período final da operação – algumas estações permitem a entrada até 0h30– apenas 200 são escalados para garantir a segurança.

Segundo os relatos dos metroviários, as equipes da noite são concentradas em estações centrais, como Sé, São Bento, Luz, Paraíso e Barra Funda. Classificadas como de maior visibilidade. Eles afirmam que as demais são praticamente “abandonadas”, principalmente as localizadas nos extremos das linhas. “Durante o dia, você tem uma dupla de agentes entre Corinthians-Itaquera e Penha (Linha 3-Vermelha). Depois das 22h30, não há nenhuma. O agente precisa sair de Tatuapé ou da Sé para atender a um chamado”, relatou um agente de segurança que pediu para não ter o nome divulgado.

Câmeras de vigilância       

Os metroviários contam que, além dessa redução no número de seguranças a partir das 22h30, parte das câmeras de vigilância instaladas nas estações estão fora de operação. “Por problemas operacionais, 10 das 18 estações da Linha 3-Vermelha enfrentam essa situação. As câmeras não operam nas plataformas ou em outros pontos estratégicos. Isso impacta diretamente nas operações de vigilância, principalmente durante a noite”, diz um outro agente de segurança ouvido pelo Metro Jornal.

Aumento dos furtos 

O cenário descrito pelos metroviários pode ser um dos fatores que contribuíram para um aumento de 54,7% no número de furtos informados à Delegacia do Metropolitano, responsável por receber as ocorrências  registrados nas estações. Foram 246 casos em março deste ano – último balanço da Secretaria da Segurança Pública– ante 159 no mesmo período do ano passado.

Somam-se às estatísticas um estupro na Estação República (Linha 3-Vermelha) e um jovem  que teve o pescoço cortado na Estação Santana (Linha 1-Azul).

Nos trens, passageiros afirmam que têm redobrado a atenção na volta do trabalho ou da faculdade. “Antes meus pais me aguardavam na rua em frente à Estação Carrão (Linha 3-Vermelha). Agora, minha mãe vem até a catraca”, conta Clarice Sampaio de Freitas, 22 anos, estudante de administração, que desembarca, de segunda a sexta, às 23h na linha Vermelha.

A Secretária Mariana Trentine, 38 anos, diz que passou a esperar pelo marido na escada rolante da Estação Penha, Linha 3-Vermelha, quando chega do trabalho, por volta das 22h30. “Tentaram me furtar na passarela, quando descia para pegar o ônibus”, contou Mariana.

Outro lado

Procurado, o Metrô informou que, em 2014, como resultado das estratégias de segurança, registrou apenas 0,9 ocorrências para cada milhão de passageiros transportados. Esse índice está abaixo do padrão internacional de transporte, que é de 1,5 ocorrência/milhão.

Segundo o Metrô, os 1,3 mil agentes atuam por meio de rondas. Estão em operação  mais de 3,5 mil câmeras de monitoramento. Elas ficam integradas a um centro de controle. Os usuários podem colaborar por meio do serviço SMS-Denúncia do Metrô (9 7333-2252).

Fonte da Notícia: Jornal Metrô
Imagem: Clube Metrópole

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