O Ministério Público de São Paulo denunciou seis representantes de
empresas suspeitas de formação de cartel e de fraudar licitações do
Metrô. O promotor também pediu à Justiça a prisão preventiva de um dos
integrantes do suposto esquema, informou o SPTV.
A denúncia criminal é contra funcionários que representavam as empresas
contratadas para reformar 98 trens das Linhas 1-Azul e 3-Vermelha do
Metrô.
O Ministério Público diz que a concorrência, que aconteceu entre os anos de 2008 e 2009, durante governo do PSDB, foi fraudada. Entre as provas apresentadas está uma tabela que, segundo a Promotoria, mostra como as empresas dividiam os contratos.
O Ministério Público diz que a concorrência, que aconteceu entre os anos de 2008 e 2009, durante governo do PSDB, foi fraudada. Entre as provas apresentadas está uma tabela que, segundo a Promotoria, mostra como as empresas dividiam os contratos.
Foram denunciados representantes das empresas Alstom, Temoinsa,
Tejofran e MPE. A denúncia pede ainda a prisão preventiva do executivo
César Ponce de Leon que, na época, representava a Alstom, e que não foi
encontrado. Falta identificar ainda representantes de outras cinco
empresas que também participaram da concorrência.
O promotor também diz que são "notáveis as diferenças entre os valores
do orçamento inicial do Metrô e os valores contratados”. “Eles poderiam
ter oferecido pelo menos entre 10% e 20% a menos que ainda supostamente
teriam um lucro na realização desses contratos”, afirma Marcelo
Mendroni.
Em nota, a Alstom disse que respeita as regras das licitações de que
participa e não vai se manifestar sobre a denúncia. Disse ainda que o
executivo que teve a prisão preventiva pedida pelo promotor não faz mais
parte do quadro de funcionários da empresa.
O Grupo Tejofran disse que jamais participou de qualquer tipo de
cartel, defende a lisura da atuação de seus funcionários e coloca toda a
contabilidade da empresa à disposição da Justiça. A MPE e a Temoinsa
não se pronunciaram.
O Metrô disse que a denúncia não envolve nenhum funcionário da
companhia, e que o Metrô vem colaborando com as investigações. O PSDB
disse que a denúncia não envolve o partido nem qualquer de seus
filiados.
Outra denúncia
O Ministério Público de São Paulo já havia pedido em abril à Justiça a prisão preventiva do executivo César Ponce de Leon. Ele participou da direção da multinacional francesa Alstom Transport durante período no qual é investigada a prática de cartel em contratos com a CPTM.
A solicitação ocorreu em 10 de abril, juntamente com a denúncia
oferecida à Justiça contra 11 executivos de empresas do setor
ferroviário e um funcionário da CPTM por formação de cartel em três
contratos firmados entre 2007 e 2008.
A investigação de irregularidades nas licitações dos trens do Metrô e
da CPTM começou a partir de um acordo de leniência (ajuda nas
investigações) feito em 2013 entre umas das empresas acusadas de
participar do suposto cartel, a Siemens, e o Cade, órgão ligado ao Ministério da Justiça.
Fonte da Notícia: G1-SP
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