Em assembleia prevista para as 18h30 de hoje, os metroviários de São Paulo, que têm greve marcada para o dia
seguinte, vão avaliar proposta apresentada na tarde de ontem pelo TRT da 2ª Região, que prevê 8,82% de
reajuste salarial, incluindo reposição e um percentual a título de
produtividade.
O TRT também fez audiência de conciliação envolvendo os
ferroviários, sugerindo 8,25% de aumento. Como não houve acordo, a
reunião será retomada nesta terça, a partir das 10h. Na semana passada,
funcionários do Metrô e da CPTM aprovaram greve a partir de amanhã – as duas categorias fazem assembleias e avaliam se mantêm a
decisão.
Enquanto metroviários reivindicam 18,64% e os engenheiros,
17,01%, o Metrô ofereceu 7,21%, referente à
variação acumulada do IPC-Fipe. Sem acordo, a desembargadora Ivani
Contini Bramante sugeriu os 8,82%, incluindo o IPC e mais 1,5 ponto
percentual como produtividade – o índice total seria aplicado também
para vale-refeição, vale-alimentação e participação nos resultados. A
data-base é 1º de maio. Considerando o INPC-IBGE, os 8,82%
representariam aumento pouco acima da inflação acumulada em 12 meses,
até abril: 8,34%.
A reivindicação do sindicato da categoria de readmissão de
trabalhadores dispensados na greve do ano passado foi excluída pela
juíza do TRT. De acordo com o tribunal, essa questão já está
"judicializada". A desembargadora também propôs uma "cláusula de paz" às
partes: os metroviários se comprometeriam a não entrar em greve
enquanto durarem as negociações, enquanto o Metrô não praticaria
qualquer ato de retaliação, como perseguições, demissões ou qualquer
prática que impeça o exercício do direito de greve.
O TRT marcou nova reunião para dia 01/06/2015, às 13h. Na semana passada, liminar do tribunal concedida ao Metrô
prevê – em caso de greve – manutenção de efetivo de 100% nos horários de
pico (das 6h às 9h e das 16h às 19h) e de 70% nos demais, sob pena de
multa diária de R$ 100 mil em caso de descumprimento.
Fonte da Notícia: Rede Brasil Atual
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