Ejaculação na calça da repórter que estava na Estação Brás |
Tarado no Metrô comigo nunca teve vez. Já
protagonizei escândalo, já fui responsável pela retirada de um ser desse
da estação e calejei meu cotovelo e meu olhar fulminante para
encostadas suspeitas, mas, mesmo assim, hoje fui vítima: um usuário do
Metrô ejaculou na minha calça.
O Metrô lotado. Quando cheguei à estação Brás, sentido
Corinthians-Itaquera, às 19h30, muitas pessoas saíram e algumas
entraram. Entre essas pessoas que entraram no vagão estava esse homem
que se achou no direito de se aliviar em mim.
No
trajeto de 30 segundos entre a estação Brás e Bresser-Mooca, esse homem
se masturbou. Não notei nada até a porta estar prestes a se abrir e o
barulho da movimentação intercalar com a respiração ofegante dele atrás
de mim.
Saí
do vagão olhando para trás, desconfiada, e ele também saiu e me olhou.
Foi quando meus pés tocaram a escada rolante que senti parte da minha
calça esquentar. Quando coloquei a mão nela, notei que ela estava
molhada. A palavra era nojo. Não dava mais tempo de descer, mesmo que
minha vontade fosse pular da escada rolante que subia. Chamei um
funcionário do Metrô e aí que tudo ficou ainda mais estranho.
Ele
me acompanhou, procurando o tal homem que eu sabia que tinha embarcado
no vagão do lado. Enquanto isso, ele me dizia que não tinha o que fazer.
Que EU deveria ter gritado, que EU deveria ter feito alguma coisa e se
EU tivesse me manifestado, os próprios passageiros me ajudariam. Fiquei
pensando em que momento o Metrô faria alguma coisa. Nada mais aconteceu.
O funcionário perguntou se eu morava perto, eu disse que sim. E só.
Nada de registro, nada de boletim de ocorrência, como se nada tivesse
acontecido.
Não
sou funcionária do Metrô para pensar em soluções para essa situação
corriqueira, não sou paga para isso, mas pago a passagem, nada barata,
para ir para minha casa ou trabalho tão apertada a ponto de um homem se
masturbar, ejacular e ninguém ver.
Minha calça vai para máquina de lavar, mas e a minha dignidade?
O
Metrô declara, em nota, que a repórter do R7 fez o correto em procurar
um dos agentes para fazer a denúncia, mas explica que a informação de
que um dos funcionários disse que "nada poderia ser feito" "é totalmente
contrária à orientação do Metrô de amparar as vítimas e auxiliá-las
para a realização de um Boletim de Ocorrência. O Metrô lamenta a conduta
errada relatada e informa que o empregado já foi identificado e será
reorientado".
Fonte da Notícia & Imagem: Portal R7
Nenhum comentário:
Postar um comentário