Vários protestos ocorreram em São Paulo |
O MPL em São Paulo, que
promoveu sete protestos na cidade desde o dia 6 de junho, decidiu dar uma pausa
nas manifestações na capital, anunciaram integrantes do grupo hoje. O motivo é a participação de ativistas de causas não apoiadas
pelo grupo, como criminalização do aborto e redução da maioridade penal. Os
protestos em outras cidades do País, que tiveram início após atos em São Paulo,
podem continuar, conforme a decisão dos membros do movimento no restante do
Brasil.
De acordo com Rafael Siqueira, integrante do MPL, o
grupo não é contra a participação de partidos políticos, desde o começo das
mobilizações na rua. No entanto, nos últimos atos, eles consideram que surgiram
pessoas com objetivos conservadores, incompatíveis com o pensamento do Passe
Livre, como representantes do neofascismo.
Agora, segundo Siqueira, o MPL em São Paulo deverá
suspender todas as convocações para decidir o futuro das reivindicações a
respeito do transporte público (a reivindicação inicial do grupo, a redução da
tarifa de transporte público, foi atendida) e urbanismo e como lidar com
ativistas com objetivos contrários a seus ideais.
“A suspensão de novos atos não tem nada a ver com a
participação de partidos”, disse Siqueira.“A suspensão de novos atos é
por dois motivos simples. A gente vai ter que analisar e fazer uma
reflexão profunda com as pessoas que são aliadas da gente na luta contra o
aumento de que atitude tomar. Nada é feito por acaso. A segunda coisa é que
muita gente da direita, com pautas que a gente discorda totalmente, estão se
aproveitando dos atos.”
No protesto de quinta-feira, manifestantes do PT
foram hostilizados por participantes da passeata que não queriam a presença de
partidos no ato. Em nota em sua página no Facebook, o Passe Livre, que afirma
ser “um movimento social apartidário, mas não antipartidário”, repudiou os
“atos de violência direcionados a essas organizações durante a manifestação de
hoje (quinta), da mesma maneira que repudiamos a violência policial”. “Desde os
primeiros protestos, essas organizações tomaram parte na mobilização.
Oportunismo é tentar excluí-las da luta que construímos juntos”, diz o texto
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