Reunião do Movimento Passe Livre ontem a tarde |
Estudantes realizaram ontem em frente à Prefeitura de
São Paulo uma aula pública contra o aumento da tarifa de transportes.
De acordo com a PM, cerca de 350 pessoas participaram da aula.
Inicialmente, a aula seria realizada em frente à sede da Prefeitura, mas
a chuva fez com que fosse transferida para o Vale do Anhangabaú, sob o
Viaduto do Chá.
Os ativistas estenderam uma faixa com a inscrição "Por uma Vida sem
Catracas." O evento, organizado pelo MPL,
ocorreu ontem.
O MPL esteve à frente dos atos contra o aumento da tarifa que deram
origem aos protestos de Junho de 2013. A movimentação impediu o reajuste
de R$ 3,00 para R$ 3,20. Agora seus articuladores planejam um ato contra a
tarifa para 09/01/2015, com concentração a partir das 17h em
frente ao Teatro Municipal.
A Prefeitura argumenta que desde o último reajuste da tarifa, em janeiro de 2011, a inflação acumulada alcançou 27% e o reajuste da tarifa básica ficou abaixo disso, em 16,67%. Também argumenta que decidiu implementar, a partir deste ano, o passe livre que beneficiará cerca de 505 mil estudantes, dos quais aproximadamente 360 mil são alunos da rede pública e 145 mil matriculados na rede particular de ensino, mas de baixa renda.
A Prefeitura argumenta que desde o último reajuste da tarifa, em janeiro de 2011, a inflação acumulada alcançou 27% e o reajuste da tarifa básica ficou abaixo disso, em 16,67%. Também argumenta que decidiu implementar, a partir deste ano, o passe livre que beneficiará cerca de 505 mil estudantes, dos quais aproximadamente 360 mil são alunos da rede pública e 145 mil matriculados na rede particular de ensino, mas de baixa renda.
Segundo o MPL, a aula pública busca demonstrar que o passe livre para
estudantes de baixa renda não altera a lógica de funcionamento do
sistema de transportes, porque está voltada para o benefício dos
empresários, em detrimento dos usuários.
Para o movimento, a medida atende apenas uma parte daquilo que
representa a educação de um estudante - os deslocamentos entre casa e
escola -, desconsiderando a formação fora da sala de aula. Além disso,
se restringe a uma camada muito restrita da população, que são os
estudantes de baixa renda e estudantes de escolas públicas.
Segundo Andreza Delgado, do MPL, a gratuidade do transporte para alunos
não satisfaz o movimento. "No início, nossa bandeira era tarifa zero
para estudantes, mas agora é para todos. A gente brinca que a Prefeitura
está atrasada, que só agora adotou o que queríamos há 10 anos."
Durante seu discurso, o ex-secretário municipal dos Transportes Lúcio Gregori defendeu o subsídio do governo ao transporte.
"A iluminação pública é tarifa zero. A coleta de lixo, a segurança
pública e o SUS também são de graça. Tarifa zero é o subsídio de 100%",
afirmou Gregori, que trabalhou na Prefeitura durante a gestão da então
petista Luiza Erundina, no início da década de 1990.
Fonte da Notícia: G1
Imagem de Paulo Piza/G1
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