Mapa mostra estações inauguradas e em obras da Linha 4-Amarela |
O Secretário de Transportes Metropolitanos, Clodoaldo Pelissioni,
afirmou na manhã de hoje (18/08/2015) que as obras nas estações da Linha 4- Amarela só irão recomeçar em 2016. A licitação de quatro
estações que ainda não tinham sido entregues foi suspensa pelo governo
do estado após atraso da contratante.
"Nós já concluímos toda a auditoria do que foi feito, teve que fazer
uma auditoria minuciosa das obras que foram realizadas. Estamos
concluindo a valoração, o orçamento e pretendemos entre o final de
agosto e começo de setembro entregar todos os itens: os orçamentos, o
quantitativo, o edital já em inglês para o Banco Mundial", afirmou o
secretário, que se reuniu com o gerente de projetos do BIRD ontem (17/08/2015). O modelo de licitação permite a concorrência
internacional
A declaração foi dada no Centro Cultural Britânico, na Zona Oeste de São Paulo,
onde o Metrô foi premiado pela União Internacional de Transportes
Públicos na categoria serviços a clientes por ações inclusivas
relacionadas a idosos e deficientes.
De acordo com Pelissioni, o edital da nova licitação será entregue no
próximo mês. "Pretendemos no mês de setembro publicar a licitação para
que a gente possa ter uma nova empresa realizando as obras no início de 2016".
Para agilizar a entrega das estações que já estão atrasadas, a
Secretaria de Transportes Metropolitanos negocia com o Banco Mundial
pular o sistema de pré qualificação anterior.
O prazo para entrega das obras da Linha 4-Amarela é de 12 meses para a Estação Higienópolis Mackenzie, 15 meses para a estação Oscar Freire, 18 meses para a São Paulo-Morumbi e de 24 meses para estação Vila Sônia.
Contrato
O Governo rescindiu o contrato com o consórcio responsável pela construção de duas das quatro estações que ainda faltam na Linha 4-Amarela do Metrô no dia 30/07/2015. As estações Oscar Freire e Higienópolis-Mackenzie deveriam ser entregues em 2016.
Canteiros de obras da Linha 4-Amarela estão abandonados |
Clodoaldo afirmou ainda que vai cobrar uma multa, prevista em contrato,
de R$ 23 milhões do consórcio espanhol Isolux Corsán-Corviam por causa
de abandono da obra, descumprimento de normas de qualidade e segurança,
além da ausência de pagamento das empresas subcontratadas.
Já o consórcio afirmou que não foi o governo que rescindiu o contrato e sim a própria empresa,
porque o Metrô não entregou projetos executivos indispensáveis para a
continuidade das obras.
Segundo o consórcio, a "há cerca de 15 dias,
entregou ao Metrô uma carta em que solicitava a regularização dos
aditivos e a entrega de projetos executivos, sem os quais a
continuidades das obras tornava-se impossível. Como não houve nenhuma
manifestação do Metrô, reforçando as limitações gerenciais daquele
órgão, a empresa tomou a decisão de pedir a rescisão do contrato e
encaminhar a questão para um processo de arbitragem. Isto também
significa que nenhuma multa foi aplicada".
O consórcio ainda informou que vai encaminhar a questão em um processo de arbitragem
Licitações e suspensões
A Linha 4-Amarela terá 11 estações, ao longo de quase 13 km entre a Luz e a Vila Sônia. O contrato para início da 1ª Fase das obras foi assinado em Novembro de 2006. As primeiras estações inauguradas foram Paulista e Faria Lima, em Maio de 2010. A segunda fase de obras teve licitação fechada em 2012 por R$ 1,8 bilhão. Mas, dentro desta etapa, apenas a estação Fradique Coutinho foi aberta, em novembro de 2014.
Depois de ficarem suspensos em 2014, somente os trabalhos nas estações
Higienópolis-Mackenzie e Oscar Freire foram retomados em Abril de 2015, quando o Metrô e a construtora fecharam um acordo. O governo já havia ameaçado romper o contrato por causa de atrasos na obra, mas decidiu pagar mais R$ 20 milhões para o consórcio responsável.
O contrato inicial da linha era de R$ 172 milhões para a construção do
Pátio Vila Sônia e das futuras estações Higienópolis-Mackenzie e Oscar
Freire. O consórcio Isolux Corsán-Corviam, responsável pelo trabalho, já
havia recebido do Governo Paulista quase R$ 19 milhões em 2014 e
mais R$ 20 milhões em 2015. Com os aditivos, o valor inicial subiu para
R$ 212 milhões.
Leia a íntegra da nota do consórcio Isolux Corsán-Corviam:
Relativamente às obras de estações da Linha 4-Amarela, a Isolux Corsan informa que, há cerca de 15 dias, entregou ao Metrô uma carta em que solicitava a regularização dos aditivos e a entrega de projetos executivos, sem os quais a continuidades das obras tornava-se impossível. Como não houve nenhuma manifestação do Metrô, reforçando as limitações gerenciais daquele órgão, a empresa tomou a decisão de pedir a rescisão do contrato e encaminhar a questão para um processo de arbitragem. Isto também significa que nenhuma multa foi aplicada.
A Isolux Corsan já apresentou ao Metrô um plano de desmobilização
das obras e lamenta que o desfecho tenha sido este, mas está convencida
que a decisão tomada era a única possível.
Fonte da Notícia & Imagens: G1-SP
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