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quinta-feira, 28 de julho de 2016

Metrô e CPTM perdem passageiros com o aumento do desemprego em São Paulo

O Metrô de São Paulo perdeu em média 86.000 passageiros por dia entre os meses de Janeiro e Maio de 2016, retrocedendo ao patamar de 2013. Incluindo as linhas estatais, a Linha 4-Amarela operada pela ViaQuatro e único trecho de Monotrilho em atividade, de 2,9 km da Linha 15-Prata, que não é Metrô, mas pertence ao Metrô, a demanda entre Janeiro e Maio de 2016 foi de 4,37 milhões de pessoas.

No mesmo período de 2015, foram transportados foi de 4,46 milhões de passageiros. Essa tendência deve provocar uma queda de arrecadação tarifária do Metrô na ordem de R$ 60 milhões, segundo reportagem de Bruno Ribeiro e Fábio Leite, do jornal O Estado de São Paulo.

Somando as redes de Metrô e da CPTM, a queda no total de passageiros foi de 1,9%.
Mantida esta tendência, a redução será a maior desde 2005.

Analisando isoladamente as linhas, apenas a Linha 4-Amarela registrou número positivo, com crescimento de 2%.

Os ônibus em São Paulo transportaram mais pessoas. O crescimento foi pequeno, de 0,34%. Entre Janeiro e Maio de 2015, foram realizados 1,17 bilhão de registros de passagens e nos cinco primeiros meses deste ano, o número foi de 1,18 bilhão.

O Governo do Estado de São Paulo atribui a queda na demanda dos trens da CPTM e do Metrô à crise econômica. Por causa do desemprego, menos pessoas estão usando os transportes públicos. A média mensal de bilhetes especiais concedidos a gratuidade cresceu 32% neste ano, passando de 4.676 nos cinco primeiros meses de 2015  para 6.169 em igual período de 2016. Em 2014, o número foi de 3.644 bilhetes com gratuidades para desempregados.

O especialista em transportes, Horácio Augusto Figueira, entretanto, disse ao jornal que o motivo da perda de demanda no Metrô não se resume a questão econômica do país.
Segundo ele, o Metrô opera há anos de maneira saturada e não tem mais capacidade de absorver nova demanda.

“Já no caso dos ônibus vêm ocorrendo há alguns anos mudanças de linhas, entrada de ônibus com ar-condicionado, elementos que podem ter atraído passageiros”, – disse.
Parte dos passageiros do Metrô tem migrado para os ônibus.

Um exemplo clássico é a Linha 4310-10, que segue em faixas exclusivas ligando a E.T Itaquera ao Terminal Parque Dom Pedro II, no centro. Esta linha de ônibus tem convencido parte dos passageiros a deixar a Linha 3-Vermelha do Metrô, a mais saturada do sistema.

Nos horários de pico, o intervalo destes ônibus é em torno de três minutos. O tempo de deslocamento é o mesmo do Metrô, com os ônibus, entretanto, bem menos lotados.

Fonte da Notícia: Blog Ponto de Ônibus

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