Metrô de SP funcionou, excepcionalmente ontem, até 00:30 |
No primeiro jogo na Arena Corinthians em que o Metrô funcionou com
horário estendido, funcionários que trabalharam no estádio não chegaram
a tempo e ficaram sem o transporte, conforme mostrou o Bom Dia São
Paulo. Os portões das Estações Terminal Corinthians-Itaquera e Artur Alvim
fecharam à 0h30, horário que passou a ser adotado em dias de partidas às
22h. Nos demais dias, as estações fecham por volta de 0h20.
O problema aconteceu no começo da madrugada de hoje,
após a vitória do Corinthians sobre o Bragantino no estádio em Itaquera,
na Zona Leste de São Paulo.
O cozinheiro Cícero Paulino afirma que se apressou, mas não conseguiu
chegar a tempo. "Eu tive que voar. Mesmo assim não consegui. Agora tenho
que pegar um táxi. E vou gastar o dinheiro que eu ganhei para poder
chegar em casa."
O vendedor Augusto Costa chegou atrasado e disse que pegaria um ônibus.
"Vou pegar o Parque Dom Pedro, o ônibus, pra ir lá pro Parque Dom
Pedro. De lá, pegar outro", contou. Uma mulher entrevistada pelo Bom Dia
São Paulo e que trabalhou na Arena durante o jogo disse que passaria a
noite no local. "Vou voltar pro estádio e ficar lá até amanhecer",
disse.
Alguns torcedores mais precavidos deixaram as arquibancadas mais cedo
para não correr o risco de perder o Metrô. "Saindo do estádio com o
celular na mão pra ver quanto terminou o jogo. Acho que o Bragantino fez
um gol", contou um torcedor ao Bom Dia São Paulo.
Horário estendido
Quando a partida ocorrer na Arena Corinthians, a Estação Terminal Corinthians-Itaquera, da Linha 3-Vermelha, terá horário ampliado; quando o jogo for no Pacaembu será a vez de a estação Clínicas, da Linha 2-Verde, ficar aberta até a 0h30. A medida também valerá para o Estádio do Palmeiras (que afetará o funcionamento da Estação Palmeiras-Barra Funda), Morumbi (Butantã, da Linha 4-Amarela) e da Portuguesa (Tietê, da Linha 1 -Azul).
Segundo a assessoria de imprensa do Metrô, o aumento no tempo de
operação é de 10 minutos e não trazcustos operacionais ao governo do
estado.
Porém, o Ministério Público de São Paulo quer que o valor gasto para
aumentar o horário de funcionamento seja pago pelos clubes. Para o
promotor Marcelo Milani, aumentar o horário de funcionamento do Metrô
apenas em dias de jogo não cumpre o princípio de que o serviço público
deve atender a todos de maneira igual.
"Esse custo, na realidade, ele não é arcado por quem está realizando o
evento, mas sim por toda a população, que paga seus impostos e que
precisa ter um transporte público adequado", disse.
Fonte da Notícia: G1
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