A partir do 1º Semestre de 2017, dois tatuzões
vindos da China, cada um com um "regime alimentar" próprio, irão
zanzar de dois a três anos sob a terra para construir a Linha 6-Laranja do Metrô.
A primeira perfuração ocorrerá sob o Tietê, onde um túnel de
250 m de extensão será feito 14 m abaixo do rio.
Só daquele ponto serão removidos, nos quatro meses da obra,
22 mil m³ de argila e areia, volume capaz de encher nove piscinas olímpicas.
Ao lado da passagem aberta sob o Tietê pelos
"bichos" mecânicos, será construído ainda, em 15 meses, outro túnel,
mas com escavadeiras.
Servirá de estacionamento de trens, que serão liberados nos
horários de pico. Espera-se um fluxo, em toda a linha, de 633 mil pessoas por
dia.
Da região do Tietê, os tatuzões (de cerca de 100 m cada um,
o tamanho de um quarteirão) partirão simultaneamente para as extremidades.
Por onde passa, o shield, como é chamado o equipamento,
deixa para trás o túnel já pronto. Ao perfurar o solo, ele instalará os 7.300
anéis de concreto que revestirão o caminho dos trens. São nesses anéis que a
máquina se apoia para andar.
Os tatuzões (o primeiro já chegou ao país pelo porto de São
Sebastião) vão conectar os passageiros da Brasilândia, na zona norte, à Estação
São Joaquim da Linha 1-Azul, no centro, em 23 minutos -o trajeto de carro ou
ônibus leva cerca de uma hora e meia.
Ao fim, terão sido retirados do chão da capital 3 milhões de
m³ de terra e 1 milhão de m³ de rocha. Daria para encher 1.600 piscinas
olímpicas.
Fonte da Notícia: Revista Ferroviária/Folha de São Paulo
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