Pesquisa

quinta-feira, 14 de julho de 2016

Obras da Linha 17-Ouro podem sofrer novo atraso

O Monotrilho da Linha 17-Ouro, da Zona Sul de São Paulo, que deveria ligar a região do Aeroporto de Congonhas até a Marginal do Rio Pinheiros, deve sofrer novo atraso.

A obra completa entre o Jabaquara e a região do Paraisópolis, estava prevista para ser entregue até 2014. Agora a previsão é para depois de 2017.

O atraso da Linha 17-Ouro também pode impactar a Linha 18-Bronze do Monotrilho do ABC Paulista. Isso porque uma das cláusulas do contrato para liberação de recursos determina que a Linha 18-Bronze só poderá operar após testes já com passageiros na Linha 17-Ouro.

A interpretação é do Ministério das Cidades, mas o metrô tem uma visão diferente desta cláusula.

O atraso da Linha 17-Ouro desta vez se dá por causa da declaração de inidoneidade da construtora Mendes Júnior.

No dia 28/04/2016, a Controladoria Geral da União publicou no Diário Oficial da União declaração de inidoneidade proibindo a Mendes Júnior de assinar novos contratos com a administração pública. Até então o contrato com o Metrô não havia sido assinado.

A Mendes Júnior foi a opção do Metrô por causa da rescisão do contrato com as antigas empreiteiras, Andrade Gutierrez e CR Almeida, que tinham reduzido o ritmo de construção, praticamente parando as obras no final de 2015. A alegação foi dificuldades financeiras.

Em vez de realizar nova licitação, o Metrô optou por chamar a segunda colocada na licitação do Monotrilho da Linha 17-Ouro para a construção de um pátio de manobras de trens leves na Avenida Jornalista Roberto Marinho. Essa construtora foi justamente a Mendes Júnior.

Há uma discussão em relação à inidoneidade.

Uma interpretação jurídica diz que quando uma empresa é considerada inidônea, ela não pode assinar contratos com a esfera de poder que registrou eventual problema. Neste caso, a Mendes Júnior não poderia assinar contratos com a União, mas estaria liberada para o Estado.

No entanto, uma jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça diz que quando a lei declara que uma empresa não pode assinar contratos por inidoneidade, o termo administração pública vale para todos os entes federativos, incluindo empresas estaduais, como é o Metrô.

Segundo o Metrô, a possibilidade de assinatura de contrato com a Mendes Júnior está sendo estudada.

Fonte da Notícia: Blog Ponto de Ônibus

Nenhum comentário:

Postar um comentário