| Estação Sacomã (Linha 2-Verde) | 
 Ao todo, o Gedec já pediu dez 
vezes a prisão de vários dos executivos, sendo que nove pedidos foram 
rejeitados e o último, feito em fevereiro deste ano, ainda aguarda 
análise da Justiça.
 Do grupo de 11 executivos, dez foram 
denunciados criminalmente em 2014 e um em 2015 e 2016, mas graças a uma 
série de recursos de outros réus as ações não saem da estaca zero.
 Ao todo, o Gedec - que investiga os crimes financeiros e fraudes em 
licitações - já apresentou oito denúncias contra executivos das empresas
 envolvidas. As investigações envolvendo suspeitas sobre os servidores 
públicos no esquema estão a cargo do Ministério Público Federal e de 
outras promotorias do MP estadual.
 Todos os executivos que estão
 na mira do Gedec possuem nacionalidade estrangeira, estão fora do 
Brasil e, na maioria dos casos, nem sequer deram explicações à Justiça 
sobre as acusações de que teriam atuado em conluio com representantes de
 outras empresas para fraudar licitações bilionárias do Metrô e da 
CPTM de 1999 a 2009.
 O argumento de todos os pedidos de prisão se baseia, em síntese, no 
fato de que o Gedec não localizou os executivos durante as investigações
 e de que eles colocariam em risco a "ordem econômica" ao ficarem em 
liberdade no exterior.
 Os primeiros pedidos de prisão preventiva
 vieram em março de 2014, no primeiro bloco de cinco denúncias contra 30
 executivos acusados de envolvimento com o cartel.
 Na ocasião, 
foram pedidas a prisões preventivas de nove executivos alemães (um 
pedido contra um grupo de cinco e, posteriormente, outro pedido contra 
um grupo de quatro alemães denunciados por outros crimes) ligados à 
gigante Siemens e do canadense Serge Van Temsche, que presidiu a 
multinacional também canadense Bombardier de 2001 a 2006.
 
Atualmente, dos nove executivos que tiveram a prisão preventiva 
solicitada, apenas dois ainda pertenceriam aos quadros da multinacional 
alemã. A empresa, contudo, não divulga o nome dos funcionários no Brasil
 nem na Alemanha.
 Mesmo com a colaboração das autoridades alemãs, parte dos executivos 
que são alvo dos pedidos de prisão não foram localizados no exterior, e o
 Ministério Público chegou a reiterar três vezes os pedidos de prisão, 
todos rejeitados.
 No caso de Serge Van Temsche, o MP também 
reiterou duas vezes o pedido de prisão dele, todos rejeitados. A defesa 
do executivo não quis comentar o caso.
 Em Maio de 2013 a Siemens
 firmou acordo de leniência com o Cade, órgão antitruste do Governo Federal. A Siemens 
comprometeu-se a revelar os caminhos do cartel do setor metroferroviário
 que operou entre 1998 e 2009, nos Governos Mário Covas, José Serra e 
Geraldo Alckimin, todos do PSDB.
 Em Maio de 2015, o Ministério 
Público paulista pediu a preventiva do ex-diretor da Alstom Cesar Ponce 
de Leon. Ele foi denunciado naquele ano junto com outros cinco 
executivos por fraudes a licitações de R$ 1,75 bilhão para reforma das Linhas 1-Azul 3-Vermelha do Metrô de São Paulo e modernização de 98 trens entre 2008
 e 2009, durante o Governo Serra.
 Em Fevereiro de 2016 ele foi 
denunciado novamente por suspeita de crimes em outra licitação e o 
Ministério Público pediu, pela segunda vez, sua prisão preventiva.
Defesas
Defesas
 Na primeira denúncia, a Justiça de São Paulo rejeitou a preventiva após
 ser informada que Cesar Ponce de Leon estaria residindo na Espanha. A 
segunda denúncia e o segundo pedido de prisão aguardam decisão da 29ª 
Vara Criminal da capital paulista.
 Em 
nota, a Siemens afirma que "compartilhou com o CADE e demais autoridades
 públicas no Brasil as informações e os documentos obtidos durante suas 
auditorias internas, os quais deram origem a diversas investigações 
quanto às possíveis práticas irregulares incluindo a formação de um 
cartel no setor metroferroviário no Brasil".
 No texto, a empresa
 diz que seu "compromisso com negócios limpos é exemplificado pela sua 
colaboração com as autoridades brasileiras (...) bem como pelo Termo de 
Ajustamento de Conduta preliminar firmado com o Ministério Público
 do Estado de São Paulo, respectivamente em 2013 e 2014". A Siemens 
encerra a nota dizendo que "continuará apoiando as autoridades 
brasileiras em seus esforços."
Fonte da Notícia: UOL
Imagem: Viva Real
Fonte da Notícia: UOL
Imagem: Viva Real
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