Alfinetes distribuídos na campanha do Metrô de SP |
O Metrô de São Paulo está divulgando por meio de
suas páginas nas redes sociais desde 04.04.2014 campanha de
conscientização contra o abuso sexual nos trens e estações. Hoje, a campanha começará a ser veiculada em vinheta nos
monitores internos das composições, dos de cartazes, além da
distribuição de folhetos aos usuários nos horários de pico.
O
Metrô, por meio de nota, que trabalha continuamente com campanhas de
cidadania e de alerta aos usuários sobre condutas que possam colocar em
risco a segurança de todos. Além disso, a empresa desenvolve estratégias
de segurança com o objetivo de coibir a prática de crimes em suas
dependências.
Segundo o Metrô,
equipes de segurança contam com agentes uniformizados e à paisana, além
de câmeras de vigilância em trens e estações. São mais de mil agentes
treinados. Apesar disso, o Metrô coloca à disposição dos usuários o
serviço do SMS-Denúncia (97333-2252), ferramenta que promove agilidade
no combate às práticas irregulares, infrações ou crimes.
Campanha
semelhante veiculada pela Rádio Transamérica FM em nome da companhia no
final do mês passado criou polêmica entre os usuários do Metrô. As
inserções comerciais diziam que a lotação nos vagões era boa para
"xavecar a mulherada".
A companhia
disse que a peça não tinha autorização para ser veiculada e anunciou que
iria processar a rádio. "O Metrô reitera que repudia tal conteúdo
absurdamente defendido pela rádio Transamérica", informou em nota, na
ocasião. A rádio, por sua vez, divulgou inicialmente nota na qual
defendeu o caráter humorístico da peça e dizendo que não tinha intenção
de incentivar qualquer tipo de abuso.
'Encoxadores'
A
Polícia Civil de São Paulo está investigando a ação de criminosos que,
além de assediar mulheres no transporte público, filmam, fotografam e
divulgam imagens na internet. Até o dia 20 de março, foram presos 17
suspeitos de abuso no Metrô e nos trens da CPTM.
O crime,
conhecido como "frotteurismo" (ato de se esfregar em outra pessoa), é
chamado nas comunidades virtuais investigadas pelos termos "encoxadas" e
"encoxadores".
Para praticar o
delito, homens usam telefones celulares, máquinas fotográficas e até
microcâmeras escondidas para registrar o próprio abuso contra vítimas
dentro de ônibus ou de vagões e plataformas lotados do Metrô e da CPTM. O
objetivo é encostar na vítima, principalmente nas nádegas ou nos seios,
ou exibir o órgão sexual masculino.
Alfinetes
Feministas
do movimento Mulheres em Luta distribuíram alfinetes para mulheres
contra "encoxadores" no Metrô de São Paulo na manhã de sexta-feira. O
objeto pontiagudo foi distribuído com a mensagem "Não me encoxa que eu
não te furo", lema da campanha.
Segundo
as organizadoras, a ação pretende dar "condições mínimas para que as
mulheres se protejam em casos de abuso". O Metrô informou, por meio de
sua assessoria de imprensa, que o movimento não tem vínculo com a
companhia.
Fonte da Notícia: G1
Imagem: Terra
Nenhum comentário:
Postar um comentário