Frota G do Metrô de SP sendo lavada |
Desde
o início da operação comercial do Metrô de São Paulo, em setembro de 1974, a
limpeza dos trens é uma característica internacionalmente reconhecida. A atual
frota de 150 trens da Companhia é submetida a um rigoroso processo de limpeza.
Nos transcorrer dos 40 anos de existência, com o crescimento da frota, alguns
procedimentos foram aperfeiçoados e algumas tecnologias incorporadas.
A
limpeza dos trens do Metrô, com seis carros cada, é efetuada em cinco locais da
Companhia: no Pátio Jabaquara (linhas 1-Azul), Pátio Tamanduateí (Linha
2-Verde), Pátio Itaquera (Linha 3-Vermelha), Pátio Belém (Linha 3-Vermelha) e
Pátio Capão Redondo (Linha 5-Lilás).
Todos
os procedimentos utilizados na higienização são controlados para garantir a
segurança dos funcionários e dos equipamentos. Além disso, o Metrô se preocupa
em controlar o tempo gasto durante a tarefa para que não haja interferência na
oferta de trens na operação comercial. Um exemplo de otimização ocorreu em
1996, com a instalação de uma máquina industrial para agilizar a lavagem
dos panos, que gerou economia de tempo e reduziu o esforço dos funcionários.
Antes, todo esse processo era feito manualmente.
Tipos de limpeza
A
higienização das composições ocorre por módulos programados ou eventuais: limpeza
entre viagens, limpeza interna de conservação, limpeza interna profunda, limpeza
externa profunda, lavagem de teto, limpeza de sopra, limpeza de veículo de
serviço e máquina de lavar trens.
A
limpeza entre viagens é realizada, em média, por uma equipe de 46 funcionárias,
em rodízio, que atuam em trechos próximos às estações terminais. Essa atividade
é responsável pela retirada de resíduos deixados pelos passageiros durante as
viagens. A rapidez e a eficiência das funcionárias estão aliadas a
instrumentos específicos utilizados para esse trabalho: um exemplo é a
"vassourinha" adaptada com cabo longo e a pá portátil denominada "bituqueira".
Em casos específicos, como vômitos ou líquidos derramados, no interior dos
trens, quem executa os serviços são as empresas contratadas para limpeza das
estações, utilizando um Kit composto por caixa portátil de plástico, luva
descartável de látex para procedimento, uma pá, uma escova, um óculos de
proteção, uma máscara, um avental descartável, sacos de lixo branco para resíduos
biológicos, papéis absorventes ou panos multiuso (ALKLIN ou similar) e produto
adequado de limpeza.
Outra
modalidade é a Limpeza interna de conservação. Diariamente, são limpas,
em média, oitenta e quatro composições, sendo: sete composições, com revezamento
de 15 pessoas, no período das 6h às 22h e setenta e sete composições, com
revezamento de 66 pessoas, no período das 22h às 6h, para faxinarem bancos,
vidros, paredes, piso, cabine, pega-mão e lateral.
A
limpeza interna profunda exige a participação de 41 funcionários, que
chegam a limpar 10 trens no turno da noite. Os itens contidos nessa modalidade
são semelhantes ao da limpeza interna de conservação; só que ela mais
meticulosa e há o acréscimo de limpeza do teto. O trabalho é tão minucioso que
as frestas das janelas são limpas com escovas de dente, os cantos das portas
com pequenas hastes de madeira e as cabines recebem atenção especial. Por isso,
o tempo médio gasto para executar todo o serviço é de 1h30.
Responsável
por deixar a lataria de aço inox dos trens brilhando, a limpeza externa
profunda também é realizada nos pátios com periodicidade semanal. Dezoito
pessoas participam dessa atividade, que envolve a limpeza lateral dos carros,
dos vidros externos e da máscara frontal. Por semana, a equipe consegue limpar
15 composições.
Nem
o teto dos trens escapa, ele passa por uma limpeza rigorosa. Na lavagem de
teto, o responsável prepara o produto, dezoito funcionários espalham o
detergente alcalino em toda a extensão do carro e, depois, o esfregam com vassoura.
A ação é repetida várias vezes nos seis carros até o enxague e a duração média
desse processo é de 3h30.
Para
completar, há mais uma etapa em que os trens passam pela máquina de lavar,
uma espécie de lava-rápido. A máquina possui dois escovões laterais e um
superior que auxiliam na retirada de resíduos acumulados por um período de dez
dias e deixados nos processos de lavagem externa.
Programação dos trens
Antes
do processo de limpeza é realizada a programação dos trens pelo operador de
torre nos pátios. Nessa agenda estão previstas a quantidade de trens que
passará pela limpeza e a modalidade a ser executada.
Em
paralelo a essa programação, o supervisor de linha operacional, responsável
pela limpeza no pátio, coordena as atividades operacionais relacionadas à
operação, como priorizar trens para a limpeza.
O
próximo passo fica por conta do controlador de serviços de tráfego, que
acompanha a limpeza e avalia a qualidade do serviço.
São mais de 18 mil litros de xampu neutro
A
limpeza é um item muito importante para o Metrô e os números demonstram isso.
Por ano, são utilizadas 240 mini-vassouras, 120 bituqueiras (armazenadores
portáteis de lixo) e 2.400 buchas. E, para lavagem dos trens, são gastos mais
de 18 mil litros de xampu.
Fonte da Notícia: Metrô
Créditos da Imagem Reservados ao Autor
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