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segunda-feira, 24 de março de 2014

Trens do Metrô passam por rigoroso processo de limpeza

Frota G do Metrô de SP sendo lavada
Desde o início da operação comercial do Metrô de São Paulo, em setembro de 1974, a limpeza dos trens é uma característica internacionalmente reconhecida. A atual frota de 150 trens da Companhia é submetida a um rigoroso processo de limpeza. Nos transcorrer dos 40 anos de existência, com o crescimento da frota, alguns procedimentos foram aperfeiçoados e algumas tecnologias incorporadas.

A limpeza dos trens do Metrô, com seis carros cada, é efetuada em cinco locais da Companhia: no Pátio Jabaquara (linhas 1-Azul), Pátio Tamanduateí (Linha 2-Verde), Pátio Itaquera (Linha 3-Vermelha), Pátio Belém (Linha 3-Vermelha) e Pátio Capão Redondo (Linha 5-Lilás). 

Todos os procedimentos utilizados na higienização são controlados para garantir a segurança dos funcionários e dos equipamentos. Além disso, o Metrô se preocupa em controlar o tempo gasto durante a tarefa para que não haja interferência na oferta de trens na operação comercial. Um exemplo de otimização ocorreu em 1996, com a instalação de uma máquina industrial  para agilizar a lavagem dos panos, que gerou economia de tempo e reduziu o esforço dos funcionários. Antes, todo esse processo era feito manualmente.

Tipos de limpeza

A higienização das composições ocorre por módulos programados ou eventuais: limpeza entre viagens, limpeza interna de conservação, limpeza interna profunda, limpeza externa profunda, lavagem de teto, limpeza de sopra, limpeza de veículo de serviço e máquina de lavar trens.

A limpeza entre viagens é realizada, em média, por uma equipe de 46 funcionárias, em rodízio, que atuam em trechos próximos às estações terminais. Essa atividade é responsável pela retirada de resíduos deixados pelos passageiros durante as viagens.  A rapidez e a eficiência das funcionárias estão aliadas a instrumentos específicos utilizados para esse trabalho: um exemplo é a "vassourinha" adaptada com cabo longo e a pá portátil denominada "bituqueira". Em casos específicos, como vômitos ou líquidos derramados, no interior dos trens, quem executa os serviços são as empresas contratadas para limpeza das estações, utilizando um Kit composto por caixa portátil de plástico, luva descartável de látex para procedimento, uma pá, uma escova, um óculos de proteção, uma máscara, um avental descartável, sacos de lixo branco para resíduos biológicos, papéis absorventes ou panos multiuso (ALKLIN ou similar) e produto adequado de limpeza.

Outra modalidade é a Limpeza interna de conservação. Diariamente, são limpas, em média, oitenta e quatro composições, sendo: sete composições, com revezamento de 15 pessoas, no período das 6h às 22h e setenta e sete composições, com revezamento de 66 pessoas, no período das 22h às 6h, para faxinarem bancos, vidros, paredes, piso, cabine, pega-mão e lateral.

A limpeza interna profunda exige a participação de 41 funcionários, que chegam a limpar 10 trens no turno da noite. Os itens contidos nessa modalidade são semelhantes ao da limpeza interna de conservação; só que ela mais meticulosa e há o acréscimo de limpeza do teto. O trabalho é tão minucioso que as frestas das janelas são limpas com escovas de dente, os cantos das portas com pequenas hastes de madeira e as cabines recebem atenção especial. Por isso, o tempo médio gasto para executar todo o serviço é de 1h30.

Responsável por deixar a lataria de aço inox dos trens brilhando, a limpeza externa profunda também é realizada nos pátios com periodicidade semanal. Dezoito pessoas participam dessa atividade, que envolve a limpeza lateral dos carros, dos vidros externos e da máscara frontal. Por semana, a equipe consegue limpar 15 composições.

Nem o teto dos trens escapa, ele passa por uma limpeza rigorosa. Na lavagem de teto, o responsável prepara o produto, dezoito funcionários espalham o detergente alcalino em toda a extensão do carro e, depois, o esfregam com vassoura. A ação é repetida várias vezes nos seis carros até o enxague e a duração média desse processo é de 3h30. 

Para completar, há mais uma etapa em que os trens passam pela máquina de lavar, uma espécie de lava-rápido. A máquina possui dois escovões laterais e um superior que auxiliam na retirada de resíduos acumulados por um período de dez dias e deixados nos processos de lavagem externa.

Programação dos trens

Antes do processo de limpeza é realizada a programação dos trens pelo operador de torre nos pátios. Nessa agenda estão previstas a quantidade de trens que passará pela limpeza e a modalidade a ser executada. 

Em paralelo a essa programação, o supervisor de linha operacional, responsável pela limpeza no pátio, coordena as atividades operacionais relacionadas à operação, como priorizar trens para a limpeza.

O próximo passo fica por conta do controlador de serviços de tráfego, que acompanha a limpeza e avalia a qualidade do serviço.

São mais de 18 mil litros de xampu neutro

A limpeza é um item muito importante para o Metrô e os números demonstram isso. Por ano, são utilizadas 240 mini-vassouras, 120 bituqueiras (armazenadores portáteis de lixo) e 2.400 buchas. E, para lavagem dos trens, são gastos mais de 18 mil litros de xampu.

Fonte da Notícia: Metrô
Créditos da Imagem Reservados ao Autor

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