O Metrô, registrou prejuízo
líquido de R$ 76,493 milhões em 2013, ano marcado pelas denúncias
investigadas pela Justiça da ação de um cartel no fornecimento de trens
para a empresa e pelos protestos que culminaram em depredações de
estações e no congelamento das tarifas em R$ 3. O prejuízo no passado
foi 169% maior que o de R$ 28,447 milhões registrado em 2012, de acordo
com o balanço do Metrô publicado no "Diário Oficial" do Estado de São
Paulo.
Além do prejuízo, o balanço mostra uma estagnação no sistema do Metrô, pois as 150 composições - mesmo número em ao menos três anos - percorreram 18,33 milhões de quilômetros em 2013 nas quatro linhas, queda de 1,6% ante os 18,631 milhões de quilômetros rodados em 2012.
O número de passageiros transportados aumentou apenas 0,82% entre os períodos, para 1,107 bilhão de pessoas. O balanço considera as quatro linhas operadas pelo governo com um total de 65,3 quilômetros. A linha amarela é administrada pela concessionária ViaQuatro
Os trens da maior linha do Metrô, a vermelha, percorreram 239 mil quilômetros a menos entre 2012 e 2013, para 7,023 milhões de quilômetros, mas precisaram transportar 2,96 milhões de passageiros a mais no ano passado. Já a linha azul - segunda mais longa - perdeu 1,17 milhão de usuários, mesmo rodando 63 mil quilômetros a mais.
Mesmo com os preços congelados na passagem, a empresa do governo paulista relatou uma receita de R$ 2 bilhões no ano passado, aumento de 4,6% ante faturamento de R$ 1,912 bilhão no anterior. O custo dos serviços avançou 5,16% entre os períodos, para R$ 1,732 bilhão.
O presidente do Metrô Luiz Antonio Carvalho Pacheco foi procurado pelo Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, para detalhar o balanço, mas a assessoria de comunicação da companhia informou que não iria se manifestar.
Em um texto intitulado "Mensagem do Presidente", na abertura do balanço do Metrô, Carvalho não cita as investigações sobre a suspeita de cartel no fornecimento de trens, mas comenta o congelamento das tarifas no ano passado. "A administração do Metrô enfrentou o desafio de cortar custos e manter as contas equilibradas, com a tarifa em R$ 3,00, mesmo valor de 2012", informou.
Pacheco não comentou ainda a estagnação do sistema e prefere, no texto, exaltar as obras de ampliação da malha metroviária. Para ele, 2013 "ficará marcado na história do Metrô como o ano em que as obras de expansão da malha foram intensificadas, com quatro linhas construídas simultaneamente", em referência à segunda fase da linha amarela, ao prolongamento da linha lilás e implantação dos monotrilhos das linhas 15 - Prata e 17 - Ouro, além de outras ainda em projeto.
"A crescente expansão da rede, que chegará a 150 quilômetros nos próximos anos e a operação diária da rede são motivos de orgulho para o Metrô de São Paulo e grande conquista dos paulistanos", relatou. Em 2013, o governo paulista aportou R$ 2,967 bilhões no Metrô em aumento de capital e ainda R$ 275 milhões em ressarcimento de gratuidades. Em 2014, estão previstos R$ 3,812 bilhões em investimentos e R$ 311 milhões de gratuidades do governo paulista.
Denúncias
Além do prejuízo, o balanço mostra uma estagnação no sistema do Metrô, pois as 150 composições - mesmo número em ao menos três anos - percorreram 18,33 milhões de quilômetros em 2013 nas quatro linhas, queda de 1,6% ante os 18,631 milhões de quilômetros rodados em 2012.
O número de passageiros transportados aumentou apenas 0,82% entre os períodos, para 1,107 bilhão de pessoas. O balanço considera as quatro linhas operadas pelo governo com um total de 65,3 quilômetros. A linha amarela é administrada pela concessionária ViaQuatro
Os trens da maior linha do Metrô, a vermelha, percorreram 239 mil quilômetros a menos entre 2012 e 2013, para 7,023 milhões de quilômetros, mas precisaram transportar 2,96 milhões de passageiros a mais no ano passado. Já a linha azul - segunda mais longa - perdeu 1,17 milhão de usuários, mesmo rodando 63 mil quilômetros a mais.
Mesmo com os preços congelados na passagem, a empresa do governo paulista relatou uma receita de R$ 2 bilhões no ano passado, aumento de 4,6% ante faturamento de R$ 1,912 bilhão no anterior. O custo dos serviços avançou 5,16% entre os períodos, para R$ 1,732 bilhão.
O presidente do Metrô Luiz Antonio Carvalho Pacheco foi procurado pelo Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, para detalhar o balanço, mas a assessoria de comunicação da companhia informou que não iria se manifestar.
Em um texto intitulado "Mensagem do Presidente", na abertura do balanço do Metrô, Carvalho não cita as investigações sobre a suspeita de cartel no fornecimento de trens, mas comenta o congelamento das tarifas no ano passado. "A administração do Metrô enfrentou o desafio de cortar custos e manter as contas equilibradas, com a tarifa em R$ 3,00, mesmo valor de 2012", informou.
Pacheco não comentou ainda a estagnação do sistema e prefere, no texto, exaltar as obras de ampliação da malha metroviária. Para ele, 2013 "ficará marcado na história do Metrô como o ano em que as obras de expansão da malha foram intensificadas, com quatro linhas construídas simultaneamente", em referência à segunda fase da linha amarela, ao prolongamento da linha lilás e implantação dos monotrilhos das linhas 15 - Prata e 17 - Ouro, além de outras ainda em projeto.
"A crescente expansão da rede, que chegará a 150 quilômetros nos próximos anos e a operação diária da rede são motivos de orgulho para o Metrô de São Paulo e grande conquista dos paulistanos", relatou. Em 2013, o governo paulista aportou R$ 2,967 bilhões no Metrô em aumento de capital e ainda R$ 275 milhões em ressarcimento de gratuidades. Em 2014, estão previstos R$ 3,812 bilhões em investimentos e R$ 311 milhões de gratuidades do governo paulista.
Denúncias
As denúncias de irregularidades no Metrô e as investigações da Justiça são citadas apenas ao final do balanço, quando a companhia relata as principais contingências jurídicas. O Metrô cita que um dos contratos da empresa, o de fornecimento de trens para a linha verde "foi mencionado nas investigações do cartel do mercado metrô ferroviário e está sob investigação".
Segundo o Metrô, houve a instauração de um processo administrativo para apurar se compete aplicar sanções às empresas privadas vinculadas ao referido contrato, procedimento que se encontra em andamento. "Nenhuma provisão relacionada a esse assunto foi constituída, uma vez que os assessores jurídicos da companhia não consideram provável a probabilidade de perda", relata o documento.
O balanço aponta ainda que o Programa de Modernização de Trens do Metrô, com quatro contratos, foi suspenso recentemente por 90 dias para a finalização das investigações do Ministério Público. "Após este prazo serão avaliadas as medidas pertinentes frente às investigações do Ministério Público".
Outro entrave jurídico é a ação que apura improbidade administrativa e prejuízo ao erário público, nos contratos de obras da linha Lilás. Houve a concessão de liminar para afastar o presidente do Metrô e suspender a execução das obras. "As liminares foram cassadas pelo Tribunal de Justiça e as obras estão sendo executadas normalmente", conclui.
Redes sociais
Um dos pontos curiosos do balanço do Metrô mostra que as chamadas "impressões" dos usuários no Facebook da companhia dispararam nos períodos dos protestos pela alta nas tarifas, de uma média de 824 mil a 1,2 milhão de entre janeiro e abril, para mais de 2 milhões entre maio e junho, e mais de 3 milhões em julho. Após o pico no meio do ano, as "impressões" no Facebook voltaram ao nível anterior entre agosto e dezembro.
Fonte da Notícia: O Estado de São Paulo
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