Depois de dizer que não iria convocar novos protestos neste momento, o MPL-SP disse na tarde de hoje ao G1
que irá apoiar uma manifestação dia 25.06.2013 organizada
pelos parceiros Periferia Ativa “Comunidade em Luta” e do MTST
.
Em sua página na internet e em uma rede social, o MPL pede confirmação
de presença no protesto e pede para o público divulgá-lo. A nova pauta
de reivindicações inclui desmilitarização da polícia, investimentos na
saúde e educação, controle no valor dos alugueis, redução do custo de
vida, além da tarifa zero para o transporte público. O protesto está
previsto para as 7h e terá dois pontos de concentração: no Metrô Capão
Redondo e Largo do Campo Limpo.
“O que a gente divulgou é que a gente está apoiando o ato do MTST. Agora a gente tem uma pauta
ampla, a que mais nos diz respeito é a tarifa zero”, afirmou o estudante
Caio Martins, de 19 anos, um dos líderes do movimento.
Depois de uma série de protestos, o Governador Geraldo Alckmin e
o Prefeito Fernando Haddad revogaram o reajuste da tarifa do
transporte público dia 19.06.2013. A redução começa a valer
a partir de amanhã. As passagens de trens, Metrô e ônibus
voltam a custar R$ 3,00.
Na nota publicada no site, o movimento divulgou o seguinte texto: “Se
antes diziam que baixar a passagem era impossível, a luta do povo provou
que não é. Já derrubamos os 20 centavos. Podemos conquistar muito mais.
O transporte só vai ser público de verdade quando não tivermos que
pagar nenhuma tarifa para usá-lo.”
O movimento se reúne na tarde deste domingo para discutir o sistema do
transporte público e a tarifa zero em três pontos fechados da cidade,
nas regiões do Tatuapé, Largo Treze e Sumaré.
Histórico
Ontem, procurado pelo G1, o MPL informou que as convocações estariam suspensas por enquanto e que não havia novos protestos previstos organizados pelo movimento.
Um dos líderes do movimento, Lucas Monteiro, disse dia 21.06.2013, em entrevista ao SPTV, que não fazia sentido prosseguir
com as manifestações.
"A gente conquistou uma vitória popular na cidade, que foi a revogação
do aumento. A gente acha que isso é importante, e está claro que essa
revogação foi fruto da mobilização chamada pelo Movimento Passe Livre.
Não foi só o MPL que participou, se tornou uma revolta popular, uma
coisa muito mais ampla que a gente. Mas uma vez que se revogou o
aumento, o objetivo inicial das manifestações foi cumprido. E não tem
sentido a gente continuar chamando as manifestações contra o aumento",
disse Lucas na ocasião.
O Movimento Passe Livre divulgou uma nota, na semana passada, no Facebook criticando a violência contra alguns grupos.
Segundo post, o MPL presenciou “episódios isolados e lamentáveis de
violência contra a participação de diversos grupos” durante a
manifestação. De acordo com a nota, o MPL é “um movimento apartidário,
mas não antipartidário” e repudiou os atos de violência direcionados a
essas organizações ao longo da passeata que comemorou o recuo do governo
na questão do preço das passagens de ônibus, metrô e trens na capital
paulista.
Dia 20.06.2013, além do ato convocado pelo MPL na Avenida
Paulista, outras manifestações foram realizadas por diferentes grupos
que ocuparam ruas em bairros e chegaram a interditar também as rodovias
Castello Branco, Anhanguera, Anchieta e Rodoanel.
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