Noivos no Metrô de São Paulo |
Todos os dias, a estudante de relações internacionais Samara Rizzo, 18, recebe até cem declarações de amor pelo Facebook.
Mas ela avisa: é só a mensageira. Samara virou uma espécie de pombo correio do século 21. Ela publica na internet relatos de paixões despertadas nas duas horas e meia que o paulistano gasta, em média, nos deslocamentos diários pela cidade, segundo pesquisa da Rede Nossa São Paulo.
Mas ela avisa: é só a mensageira. Samara virou uma espécie de pombo correio do século 21. Ela publica na internet relatos de paixões despertadas nas duas horas e meia que o paulistano gasta, em média, nos deslocamentos diários pela cidade, segundo pesquisa da Rede Nossa São Paulo.
Ela criou a página Spotted: Metrô SP (facebook.com/metrospotted), com
7.500 fãs e o slogan "procure aquela pessoa que ocupou seu coração por
algumas estações". Desde abril, foram quase mil histórias de gente que
se apaixonou no metrô (usuários de ônibus e trem também aderiram).
A cantada é pública, mas o autor fica anônimo (veja exemplos no final da reportagem). "Se preciso, só corrijo alguns erros de português", conta ela, que também é responsável por outra página pop na rede social, a São Paulo da Depressão --sobre perrengues como o frio e a greve dos professores.
Deprimidos podem ficar, também, os românticos dos trilhos. A chance de a flecha acertar o alvo é muito rara. Apenas cinco pessoas escreveram a Samara para contar que acharam quem procuravam. "Mas não sei se esses casos deram certo", conta.
"Fica mais fácil quando a pessoa está com um uniforme, alguém pode saber onde ela estuda ou trabalha."
Têm mais chance de dar certo iniciativas semelhantes em faculdades como
PUC e USP, que têm espaços virtuais para estudantes descreverem suas
paixões. Nesse caso, amigos em comum podem ajudar a identificá-las.
Asiáticas e Loiros
Fazem sucesso na Spotted: garotas asiáticas, homens loiros e funcionários da linha 4-amarela. O afã é tanto que, às vezes, tipos menos cortejados não deixam barato.
Como a usuária que protesta: "Loira, morena, loira, morena. Desse jeito fica difícil, pessoal! Cadê os amantes de ruivas artificiais e naturais?". Ou um outro internauta cabisbaixo: "Uma mençãozinha aqui ia levantar o ego".
Mas há casos em que o flerte anônimo assusta. A designer Laura (nome fictício), 24, estava a caminho do trabalho e notou que um rapaz a olhava e fazia anotações.
Ela desceu em Pinheiros e, horas depois, viu seu nome na internet -fora identificada por uma amiga. "Fiquei paranoica durante uma semana e comecei a sair em outros horários."
O psicólogo Ailton Amélio, especializado em relacionamentos, diz que é normal "ficar com o pé atrás, pois a pessoa pode ser perigosa. O mais comum é conhecer alguém em 'paqueródromos' como as baladas".
Amélio fala de um "kit de segurança" para desconhecidos. "Peça telefone antes, marque encontros em locais públicos e não revele muitas coisas a seu respeito."
Longe do anonimato virtual, vários casais se formam nesse vaivém. Segundo o metrô, as estações com mais "pegação" estão próximas a colégios e faculdades, como Palmeiras-Barra Funda, São Joaquim, Sé e todas as da avenida Paulista.
Todo dia é dia
Asiáticas e Loiros
Fazem sucesso na Spotted: garotas asiáticas, homens loiros e funcionários da linha 4-amarela. O afã é tanto que, às vezes, tipos menos cortejados não deixam barato.
Como a usuária que protesta: "Loira, morena, loira, morena. Desse jeito fica difícil, pessoal! Cadê os amantes de ruivas artificiais e naturais?". Ou um outro internauta cabisbaixo: "Uma mençãozinha aqui ia levantar o ego".
Mas há casos em que o flerte anônimo assusta. A designer Laura (nome fictício), 24, estava a caminho do trabalho e notou que um rapaz a olhava e fazia anotações.
Ela desceu em Pinheiros e, horas depois, viu seu nome na internet -fora identificada por uma amiga. "Fiquei paranoica durante uma semana e comecei a sair em outros horários."
O psicólogo Ailton Amélio, especializado em relacionamentos, diz que é normal "ficar com o pé atrás, pois a pessoa pode ser perigosa. O mais comum é conhecer alguém em 'paqueródromos' como as baladas".
Amélio fala de um "kit de segurança" para desconhecidos. "Peça telefone antes, marque encontros em locais públicos e não revele muitas coisas a seu respeito."
Longe do anonimato virtual, vários casais se formam nesse vaivém. Segundo o metrô, as estações com mais "pegação" estão próximas a colégios e faculdades, como Palmeiras-Barra Funda, São Joaquim, Sé e todas as da avenida Paulista.
Todo dia é dia
Os estudantes Rubens, 17, e Vanessa, 18, namoram há um ano e se veem
todos os dias na estação Ana Rosa. Ele vem de uma faculdade na
Consolação, e ela, da Vila Mariana. "É dentro do metrô para não ter que
sair e pagar passagem de novo", diz Vanessa.
A assistente comercial Yuri Joyce de Abreu, 28, e o diagramador Hélio Hayashida, 38, também usaram o meio de transporte para se conhecer. Eles eram colegas de trabalho, mas mal se falavam na empresa. Só que voltavam juntos, e o trajeto que durava uma hora triplicou --ficavam de papo na catraca do Carrão, destino dela.
E aí a coisa andou: Joyce terminou um noivado de cinco anos e casou-se com Hélio no mesmo ano, 2011. Fizeram questão de fazer as fotos do casório no metrô.
A estação Guilhermina-Esperança serviu de cenário para o álbum de casamento da secretária Cristiane Leão, 28, e do bancário Wagner Bernardo, 37. O primeiro encontro foi às cegas, marcado por meio de uma amiga em comum, na estação Tatuapé, em 2008.
"Ele disse como ele era, e eu disse como eu era. Quando nos vimos, já nos beijamos. Depois pegamos o metrô de novo para ir a um bar na zona sul", lembra Cristiane.
Em maio, o metrô de Praga, na República Tcheca, anunciou que terá um vagão especial para solteiros. O Metrô de São Paulo diz que não cogita essa ideia, mas há quem sonhe com isso.
"Uma paixão a cada dia na linha verde. Se tivesse correio elegante e música ao vivo, acho que eu ia e voltava umas duas vezes por dia", diz um recado na Spotted.
A assistente comercial Yuri Joyce de Abreu, 28, e o diagramador Hélio Hayashida, 38, também usaram o meio de transporte para se conhecer. Eles eram colegas de trabalho, mas mal se falavam na empresa. Só que voltavam juntos, e o trajeto que durava uma hora triplicou --ficavam de papo na catraca do Carrão, destino dela.
E aí a coisa andou: Joyce terminou um noivado de cinco anos e casou-se com Hélio no mesmo ano, 2011. Fizeram questão de fazer as fotos do casório no metrô.
A estação Guilhermina-Esperança serviu de cenário para o álbum de casamento da secretária Cristiane Leão, 28, e do bancário Wagner Bernardo, 37. O primeiro encontro foi às cegas, marcado por meio de uma amiga em comum, na estação Tatuapé, em 2008.
"Ele disse como ele era, e eu disse como eu era. Quando nos vimos, já nos beijamos. Depois pegamos o metrô de novo para ir a um bar na zona sul", lembra Cristiane.
Em maio, o metrô de Praga, na República Tcheca, anunciou que terá um vagão especial para solteiros. O Metrô de São Paulo diz que não cogita essa ideia, mas há quem sonhe com isso.
"Uma paixão a cada dia na linha verde. Se tivesse correio elegante e música ao vivo, acho que eu ia e voltava umas duas vezes por dia", diz um recado na Spotted.
Fonte da Notícia: Folha de São Paulo
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