Em mais de 20 casas e imóveis comerciais das
redondezas - em ruas como a Tomás Izzo e a Fernandópolis -, há cartazes com o
símbolo da empresa e os dizeres: "Um absurdo da engenharia do Metrô. Vila
Prudente vira canteiro de obras da Vila Mariana (distrito das Estações Santa
Cruz e Chácara Klabin, na zona sul)". Os cartazes começaram a ser espalhados
pelo bairro no fim do mês passado.
Moradores da região se mostram indignados. "A
promessa inicial do Metrô era a de que aqui seria um parque ou uma praça. Não um
canteiro de obras", reclamou a dona de casa Sonia Regina Teixeira, de 50 anos,
que mora há 8 anos na frente do "terreno da discórdia". "Essa é a vista que
tenho da janela da minha sala", ironizou. Foi do sobrado de dona Sonia que a
foto que ilustra a reportagem foi feita.
Antes de se tornar centro de apoio da obra, a área ficou fechada com tapumes por 4
anos. "Começamos a nos mobilizar em agosto", conta a aposentada Ana Maria Garcia
Karchiloff, de 68 anos. "É um absurdo o que fizeram com a gente." Em nota, o
Metrô informou que a área citada pelos
moradores realmente será usada como canteiro de apoio para execução de
atividades das obras de expansão da Linha 5-lilás.
A companhia destacou que a construção vai
"beneficiar mais de 700 mil pessoas por dia", ressaltando que será "essencial
para toda a população da Região Metropolitana de São Paulo"
Futuro
A empresa ainda não definiu o que será da área
depois da conclusão das obras da Linha 5. "Quando forem concluídas, em 2015, o
Metrô vai estudar, com a comunidade, a melhor destinação para os terrenos",
informou, sem comentar se a área poderá se tornar um parque ou uma
praça.
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