A divulgação do retrato falado de um homem suspeito de atacar mulheres
usando uma seringa próximo a estações do Metrô de São Paulo, fez a
escritora argentina Ivana Fabiani, de 48 anos, se dar conta de que
aquela leve picada nas costas, ocorrida há cerca de dois meses, próximo à Estação Consolação, na Avenida Paulista, não havia sido uma simples
ferida provocada por um inseto.
“A picada foi próxima ao ombro, no lado direito. Ficou uma marca, mas
imaginei que fosse uma abelha. Não me preocupei e deixei para lá. Porém,
quando o caso veio à tona, na semana passada, fiquei com medo”, disse
Ivana em entrevista a Veja. “Antes da picada, eu vi pelo
canto do olho um morador de rua bem perto, mas nunca imaginaria que ele
estivesse com uma seringa. Guardei o rosto dele. Tenho certeza de que é o
homem que reconheci na delegacia”, afirma ela, que mora há 35 anos na
capital paulista.
Quando Antônio Nogueira de Santana foi preso, policiais
recolheram uma seringa, um frasco e um alicate que serão periciados
pelo Instituto de Criminalística. No total, quatro mulheres procuraram o
78º DP, nos Jardins, onde o caso foi registrado, para relatar ataques.
Após a prisão de Santana, a Justiça concedeu prisão temporária, de
trinta dias, para a polícia concluir o inquérito. O homem, que é morador
de rua, responde a dois processos – por desacato e ato obsceno – , mas
nunca foi localizado para se explicar perante o juiz. Os casos ocorreram
em 2015.
Em Julho de 2016, Ivana Fabiani procurou um ambulatório municipal
localizado no Centro para realizar exames, que não verificaram a
existência de doenças como Hepatite B e C, sífilis e Aids. “Mesmo
assim, ainda estou assustada. Terei de refazer os exames por um bom
tempo”.
A polícia espera que mais vítimas compareçam à delegacia para
reconhecer o preso. A Secretaria de Segurança afirma que mantém contato
com o hospital Emílio Ribas, que atende casos de infecções, para obter
informações de eventuais novas ocorrências.
Fonte da Notícia: Veja são Paulo
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