O Presidente da República, Michel Temer, e o Ministro da
Fazenda, Henrique Meirelles, se comprometeram a reanalisar a decisão do Governo da ex-presidente Dilma Rousseff sobre a Linha
18-Bronze, que ligará o Grande ABC ao sistema
de Metrô da Capital. No fim de 2015, a Cofiex, do Ministério do Planejamento, rejeitou pedido
de autorização do governo do Estado para captação de recursos
estrangeiros para início das desapropriações, o que travou o começo das
obras.
A sinalização de Temer e Meirelles foi feita ontem ao
deputado estadual Orlando Morando (PSDB-São Bernardo), que participou de
encontro com a cúpula do governo. O chefe interino da Nação recebeu
cerca de 200 empresários no Palácio do Planalto para debater os rumos
econômicos do País e Morando, como vice-presidente da Apas, esteve presente. Depois da agenda, Temer,
Meirelles e ministros almoçaram com alguns convidados – entre eles o
tucano de São Bernardo.
“Relatei sobre as travas da Linha 18-Bronze, obra
vital para o Grande ABC. O Meirelles prometeu analisar o caso, pediu
para que eu detalhasse os problemas por e-mail e que ele iria ver o que
seria possível fazer. Falei para eles que a Linha 18-Bronze vai ao encontro do
planejamento do novo governo, de retomada de crescimento por meio de
investimentos”, afirmou Morando.
Em reunião da Cofiex do dia 15/12/2015, o Governo do Estado de São Paulo foi impedido de contratação de empréstimo
internacional US$ 182,7 milhões (R$ 637 milhões) sob a justificativa de
falta de comprovação de capacidade financeira de pagamento. Essa verba
seria utilizada para desapropriações. A gestão estadual apontou que, sem
o dinheiro para as desapropriações, é impossível iniciar as
intervenções.
A Linha 18-Bronze, com 15,7 km de extensão e
previsão é transportar 314 mil passageiros por dia, tem custo estimado
R$ 4,26 bilhões no total, sendo R$ 1,92 bilhão responsabilidade do poder
público (repartido entre Estado e União) e R$ 1,92 bilhão da iniciativa
privada, além de desapropriações. Passará por Santo André, São Bernardo
e São Caetano. Com contrato assinado em 2014, o plano inicial era
começar as operações em 2017. Não há mais prazo de entrega.
Fonte da Notícia: Revista Ferroviária
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