A gestão do Governador Geraldo Alckmin, após passar por situações
desconfortáveis por causa dos Monotrilhos estuda a privatização
de ao menos uma linha, a Linha 15-Prata, da Zona Leste de São Paulo.
A decisão se dá pelo fato de o modal estar bem mais caro que o
inicial, não haver recursos por causa da crise econômica, do
contingenciamento de verbas federais, da queda de arrecadação pelo alto
custo de implantação, e também por questões técnicas que dificultam o
avanço dos monotrilhos.
A confirmação foi trazida pela edição do jornal Folha de São Paulo em reportagem de Rodrigo Russo e
Eduardo Geraque.
“Inaugurada em 2014, a Linha 15-Prata foi a primeira do Estado a
adotar a tecnologia de Monotrilho, um tipo de trem elevado, visto por
especialistas com desconfiança. Ela sofreu seguidos atrasos, ficou mais cara
e
funciona hoje com 2,9 km entre as duas estações: Oratório e Terminal Vila
Prudente.” – diz trecho da reportagem.
A Linha 15-Prata deveria ter em 2012, 26,7 km de extensão
funcionando. Mas agora, a previsão para 2018 é que sejam entregues 16
km e oito estações a menos.
É justamente o trecho previsto para 2018 que o Governo do Estado quer
entregar para a iniciativa privada, entre atual estação Oratório e São
Mateus, na Zona Leste, que soma 10,1 km e tem oito sete
estações: São Lucas, Camilo Haddad, Vila Tolstoi, Vila União, Jardim
Planalto, Sapopemba, Fazenda da Juta e São Mateus.
O desafio do Governo do Estado é fazer com que a linha se torne
atrativa do ponto de vista financeiro para que iniciativa privada venha
participar.
Atualmente, a operação do sistema de trilhos em São Paulo do ponto de
vista financeiro é deficitária. Com a implantação de mais quilômetros,
de acordo com a reportagem, a malha pode ainda se tornar mais cara para
funcionar.
“Com menos de 80 km construídos ao longo de mais de quatro
décadas, a rede de metrô de SP é pequena em relação a outras metrópoles
mundiais, mas bastante ocupada. A tendência é que, conforme sua expansão
avance, haja diluição do número de passageiros por quilômetro, assim
como maior ociosidade em alguns momentos –podendo encarecer a operação”
Algumas questões técnicas deixaram os monotrilhos mais lentos e mais
caros. Houve também um impasse em relação às fabricantes de trens, com a
saída da MPE. Como os monotrilhos precisam de pilastras altas em com
base profunda, a intervenção é mais complexa e cara.
Ainda em relação especificamente à Linha 15-Prata, por causa de
galerias de águas sobre a Estação Vila Tolstoi, o Metrô de São Paulo
teve de parar as obras e desviar o curso do Córrego Mooca, que passa
pelo local, para só depois poder fincar as estruturas que vão sustentar o
monotrilho. O córrego, agora por causa do sistema, faz um desvio sob o
local destinado à futura estação, seguindo 100 metros por baixo da
própria Avenida Luiz Inácio de Anhaia Mello e depois voltando ao
canteiro Central.
No buraco que ainda existe sob a futura estação é possível ver as
bases dos 12 pilares que, feitos dentro do antigo córrego, sustentariam
o edifício. Eles serão enterrados pela nova base de apoio do prédio. O
córrego que “apareceu” no meio da construção da linha é apenas um dos
problemas que se acumularam durante toda a fase de execução do projeto.
Fonte da Notícia: Blog Ponto de Ônibus
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