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segunda-feira, 18 de julho de 2016

Após atrasos, Estado planeja privatizar Monotrilho da Linha 15-Prata

A gestão do Governador Geraldo Alckmin, após passar por situações desconfortáveis por causa dos Monotrilhos estuda a privatização de ao menos uma linha, a Linha 15-Prata, da Zona Leste de São Paulo.

A decisão se dá pelo fato de o modal estar bem mais caro que o inicial, não haver recursos por causa da crise econômica, do contingenciamento de verbas federais, da queda de arrecadação pelo alto custo de implantação, e também por questões técnicas que dificultam o avanço dos monotrilhos.

A confirmação foi trazida pela edição do jornal Folha de São Paulo em reportagem de Rodrigo Russo e Eduardo Geraque.

“Inaugurada em 2014, a Linha 15-Prata foi a primeira do Estado a adotar a tecnologia de Monotrilho, um tipo de trem elevado, visto por especialistas com desconfiança. Ela sofreu seguidos atrasos, ficou mais cara e funciona hoje com 2,9 km entre as duas estações: Oratório e Terminal Vila Prudente.” – diz trecho da reportagem.

A Linha 15-Prata deveria ter em 2012, 26,7 km de extensão funcionando. Mas agora, a previsão para 2018 é que sejam entregues 16 km e oito estações a menos.

É justamente o trecho previsto para 2018 que o Governo do Estado quer entregar para a iniciativa privada, entre atual estação Oratório e São Mateus, na Zona Leste, que soma 10,1 km e tem oito sete estações: São Lucas, Camilo Haddad, Vila Tolstoi, Vila União, Jardim Planalto, Sapopemba, Fazenda da Juta e São Mateus.

O desafio do Governo do Estado é fazer com que a linha se torne atrativa do ponto de vista financeiro para que iniciativa privada venha participar.

Atualmente, a operação do sistema de trilhos em São Paulo do ponto de vista financeiro é deficitária. Com a implantação de mais quilômetros, de acordo com a reportagem, a malha pode ainda se tornar mais cara para funcionar.

“Com menos de 80 km construídos ao longo de mais de quatro décadas, a rede de metrô de SP é pequena em relação a outras metrópoles mundiais, mas bastante ocupada. A tendência é que, conforme sua expansão avance, haja diluição do número de passageiros por quilômetro, assim como maior ociosidade em alguns momentos –podendo encarecer a operação”

Algumas questões técnicas deixaram os monotrilhos mais lentos e mais caros. Houve também um impasse em relação às fabricantes de trens, com a saída da MPE. Como os monotrilhos precisam de pilastras altas em com base profunda, a intervenção é mais complexa e cara.

Ainda em relação especificamente à Linha 15-Prata, por causa de galerias de águas sobre a Estação Vila Tolstoi, o Metrô de São Paulo teve de parar as obras e desviar o curso do Córrego Mooca, que passa pelo local, para só depois poder fincar as estruturas que vão sustentar o monotrilho. O córrego, agora por causa do sistema, faz um desvio sob o local destinado à futura estação, seguindo 100 metros por baixo da própria Avenida Luiz Inácio de Anhaia Mello e depois voltando ao canteiro Central.

No buraco que ainda existe sob a futura estação é possível ver as bases dos 12 pilares que, feitos dentro do antigo córrego, sustentariam o edifício. Eles serão enterrados pela nova base de apoio do prédio. O córrego que “apareceu” no meio da construção da linha é apenas um dos problemas que se acumularam durante toda a fase de execução do projeto.

Fonte da Notícia: Blog Ponto de Ônibus

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