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segunda-feira, 6 de junho de 2016

Metroviários tem aumento acima da inflação em 9 dos últimos 10 anos

Sem metrô, passageiros esperam ônibus no terminal Parque Dom Pedro 2º, em São Paulo
Greve do Metrô em 2006
Os metroviários de São Paulo, que ameaçaram promover uma nova Greve semana passada, obtiveram reajuste acima da inflação em nove dos últimos dez anos. O ano de 2010 foi a única exceção, quando os trabalhadores do Metrô conseguiram somente a reposição do índice inflacionário. É o que mostra levantamento feito pela Folha durante mais uma negociação salarial entre a empresa e representantes da categoria, que terão nova audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho na tarde de 31/05/2016.

A primeira tentativa de acordo perante a Justiça, na semana passada, não foi bem-sucedida. O Metrô ofereceu 7,5% de reajuste nos salários, abaixo da inflação do período, enquanto os trabalhadores pediam 10,82% de recomposição, acrescido de 6,59% de aumento real. O piso salarial da categoria é de R$ 1.891,25. Dia 30/05/2016, o Metrô elevou sua proposta e ofereceu o reajuste da inflação segundo o IPC-Fipe, de 10,03%, parcelado em duas vezes, extensivo a todos os benefícios. "Com isso, a empresa espera chegar a um acordo com o Sindicato dos Metroviários que evite prejuízos aos milhões de usuários do sistema e à população de São Paulo", diz a empresa.


Representantes dos trabalhadores, contudo, já indicaram que a proposta não é suficiente. Caso o impasse continue, a paralisação de 24 horas começa a 0h de quarta. Nos últimos dez anos, os funcionários do Metrô promoveram cinco greves que levaram a cidade a suspender o rodízio de veículos: em agosto de 2006, em Junho e Agosto de 2007, em Maio de 2012 e em Junho de 2014 –uma semana antes da abertura da Copa do Mundo em São Paulo.


Em todas essas paralisações, os metroviários conseguiram obter mais do que a reposição da inflação medida pelo IPC/Fipe. Em nota, o Metrô diz que "sempre empenhou todos os esforços para atender da melhor maneira possível aos pleitos de seus funcionários". A empresa afirma que, neste ano, "continua buscando a melhor alternativa econômica que, ao mesmo tempo, atenda aos trabalhadores e seja suportada pela companhia para não comprometer seu equilíbrio financeiro".

Fonte da Notícia e Imagem: Folha de São Paulo

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