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Os funcionários do Metrô de São Paulo realizarão uma nova assembleia hoje (23/05/2016) para decidir se vão paralisar as suas
atividades durante 24 horas AMANHÃ (24/05/2016). Em protesto, eles
devem trabalhar sem uniforme hoje (23/05/2016)
Altino de Melo Prazeres Júnior, presidente do Sindicato dos
Metroviários, afirmou que os funcionários vão se reunir novamente na
sede da categoria, na zona leste da cidade, para deliberar se prosseguem
com a greve.
Em assembleia realizada semana passada, os funcionários votaram
pela paralisação das atividades na terça. Quatro reuniões com o Metrô,
segundo o sindicato, foram realizadas sem ter chegado a uma proposta de
reajuste salarial.
Os metroviários pedem 10,82% de reajuste mais 6,59% de aumento real e
ainda acusam a companhia de querer retirar "vários direitos
trabalhistas". Entre os pontos reclamados estão a mudança das datas de
pagamento, o pagamento da participação nos lucros em duas vezes (era
feito um único pagamento), o adiamento de férias e a redução do
adicional de hora extra, de 100% para 50%.
A Companhia do Metropolitano de São Paulo informou que lamenta a decisão
dos sindicalistas e a classificou de "prematura". A empresa disse ainda
que foi proposta aos metroviários uma reunião para quarta (25/05/2016) na qual
seria apresentado o índice econômico –que reajusta salários, benefícios,
auxílios, adicionais e gratificações–, e seriam discutidas também
outras pendências do acordo coletivo de trabalho.
Sobre a redução de direitos apontada pelo sindicato, o Metrô disse
apenas que "vem honrando suas obrigações trabalhistas" e que busca uma
alternativa econômica que atenda aos trabalhadores mas que seja
suportada pela companhia, "para não comprometer seu equilíbrio
financeiro". Na resposta oficial, o Metrô diz ainda esperar que o
sindicato reveja sua posição.
Um ato público contra o "sucateamento do serviço público promovido pelo Governador Geraldo Alckmin" acontecerá na Praça Roosevelt, às
17h, na região central de São Paulo. Segundo o sindicato, o ato deve
contar com a participação de servidores públicos estaduais de diversas
categorias, incluindo os funcionários do Metrô, ferroviários,
professores, trabalhadores da Sabesp e da Fundação Casa, além de
estudantes.
Fonte da Notícia: Folha de São Paulo
Imagem de Felipe Golfeto
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