O Metrô de São Paulo divulgou que contratou o
consórcio TIDP, formado pelas empresas Tiisa-Infraestrutura e
Investimentos S/A e DP Barros Pavimentação e construção LTDA, para a
retomada da construção das Estações Campo Belo (integrada com a Linha
5-Lilás do Metrô), Vila Cordeiro e Chucri Zaidan, do Monotrilho da Linha
17-Ouro. Os trabalhos devem recomeçar ainda no primeiro semestre de
2016.
Os trilhos são executados por outro consórcio, segundo o Metrô. A
previsão é que as obras das três estações sejam entregues em 17 meses
após a assinatura do contrato. Quando concluídas, em funcionamento, e
com os trilhos também entregues, as estações Campo Belo, Vila Cordeiro e
Chucri Zaidan devem receber 80 mil passageiros diariamente, com a Linha
17-Ouro operando de Congonhas/Jardim Aeroporto ao Morumbi-CPTM.
No começo do ano, o Metrô rescindiu contratos com os consórcios responsáveis pela obra porque os canteiros foram abandonados, segundo a companhia.
O Metrô disse que notificou várias vezes as empresas para retomarem os
trabalhos, mas que, mesmo assim, o consórcio desacelerou o ritmo das
obras e não cumpriu os prazos estabelecidos. Já a Andrade Gutierrez
disse em comunicado que quem atrasou foi o Metrô e que ajuizou ação para
rescindir as obras em Dezembro de 2015
O consórcio TIDP ficou em terceiro lugar na licitação aberta pelo Metrô
para a construção desse trecho do monotrilho e também já está
construindo as estações Vereador José Diniz, Brooklin Paulista, Jardim
Aeroporto e Congonhas, todas da mesma linha. O segundo colocado na
licitação foi procurado pela companhia, mas não teve interesse em
assumir a obra, de acordo com o Metrô.
Estações
Orçado em cerca de R$ 74 milhões, o contrato contempla as obras civil bruta, de acabamento, comunicação visual, hidráulica e paisagismo das três estações que compõem o lote 2 da linha. Quando concluídas, as estações Campo Belo, Vila Cordeiro e Chucri Zaidan devem receber 80 mil passageiros diariamente, com a Linha 17-Ouro operando de Congonhas / Jardim Aeroporto ao Morumbi-CPTM. A previsão é que as obras sejam entregues em 17 meses após a assinatura do contrato.
Obras da Linha 17-Ouro paralisadas |
Extremos
Inicialmente, o Monotrilho da Linha 17-Ouro previa atender extremos da cidade, como a ligação entre o Aeroporto de Congonhas e a Estação Jabaquara, ou o trecho até a Futura Estação São Paulo-Morumbi, da Linha 4-Amarela do Metrô.
Em Agosto de 2015, o Governador Geraldo Alckmin já tinha mandado congelar 17 das 36 estações inicialmente previstas da linha na Zona Sul da capital.
À época, a Secretaria dos Transportes Metropolitanos disse que a
prioridade era “concluir os trechos que já possuem obras avançadas antes
de abrir novas frentes de trabalho”.
Canteiro abandonado
O monotrilho que está sendo construído há três anos na Avenida Jornalista Roberto Marinho, na Zona Sul, virou abrigo para moradores de rua e, em alguns trechos, para usuários de drogas. Em dezembro de 2015, o G1 publicou reportagem que mostra que a área se parece cada vez mais ao degradado Minhocão, na região central de São Paulo.
O espaço virou também um depósito de lixo e entulho. Entre roupas e
pedaços de obras, é possível encontrar também pneus cheios de água, um
ambiente favorável para a reprodução do mosquito que transmite a dengue.
Debaixo dos pilares e das futuras estações, os sem-teto montaram
coberturas de papelão para dormir. Sob o monotrilho, os novos moradores
vivem livres da chuva entre as duas pistas da Avenida Roberto Marinho e
do Córrego Água Espraiada.
Um dos moradores afirma que está ali há um ano e que não quer sair. “É o
que temos hoje. Estamos abandonados aqui. Mas melhor assim, porque
prefeitura só aparece se for para tirar a gente”, afirmou ele, que pediu
para não ser identificado com medo de ter de deixar o local.
Fonte da Notícia & Imagem 1: G1-SP
Imagem 2: Metrô
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