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segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Governador rompe contrato com empresa responsável pelas obras da Linha 17-Ouro

O Governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, suspendeu as obras da Linha 17-Ouro do Metrô, um Monotrilho que atravessa a Zona Sul da capital paulista e que, originalmente, deveria ficar pronto antes da Copa do Mundo de 2014. No início do ano, Alckmin já havia barrado a extensão da Linha 2-Verde do Metrô. Também estão congeladas obras de outras duas linhas: 15-Prata e 18-Bronze.
 
A notícia da suspensão das obras da Linha 17-Ouro deu início a uma queda de braço entre o Metrô e as empreiteiras Andrade Gutierrez e CR Almeida, contratadas para construir três estações e o pátio de manobras. A estatal alega que as empresas paralisaram as obras e descumpriram termos contratuais, o que pode render a elas multas de mais de R$ 100 milhões. As empreiteiras dizem há meses negocia com o Metrô a liberação de frentes de serviço e de projetos executivos, que estão atrasados. 

O Metrô informou nesta segunda-feira que suspendeu os contratos com as empresas e que pretende procurar a empresa que ficou em segundo lugar na licitação das obras da Linha 17-Ouro para concluir os trabalhos. Diz a nota da companhia que “desde o final do ano passado, o consórcio desacelerou o ritmo das obras e não vinha cumprindo os prazos estabelecidos. O Metrô realizou vistorias que indicaram o abandono das obras do monotrilho da Linha 17-Ouro. As empresas foram notificadas várias vezes para retomarem os trabalhos, o que não foi cumprido.”

Já a Andrade Gutierrez alega que os atrasos do Metrô na liberação de terrenos, documentos e projetos “impediram a conclusão das obras no prazo contratado e impedem que haja qualquer possibilidade de planejamento futuro”. Como exemplo, a empresa afirma que só recebeu 60% dos projetos para construir as estações e metade dos projetos para fazer o pátio. Os projetos são de responsabilidade de engenheiros e arquitetos do Metrô.

A empreiteira afirma que não foi notificada da decisão e que se surpreendeu com a notícia que “se levada a efeito, demonstrará mais uma vez o descaso do Metrô de São Paulo para com suas contratadas da Linha 17-Ouro bem como com a verdade”, diz a empresa. 

A Linha 17-Ouro foi projetada para ser feita em três fases. O primeiro trajeto, que está em obras desde 2012, liga o Aeroporto de Congonhas à Marginal do Pinheiros. Os outros trechos — do Aeroporto até Jabaquara e da Marginal do Pinheiros até o Morumbi — nem tiveram as obras iniciadas e estão congelados.

O Governo de São Paulo já havia tomado uma medida semelhante em Julho de 2015, quando suspendeu o contrato com o consórcio Isolux-Corsán-Corviam para a expansão da Linha 4-Amarela do Metrô, que liga a Zona Oeste ao centro da cidade. Na ocasião, o governo paulista alegou que a empresa abandonou as obras, enquanto o consórcio dizia que o Metrô havia demorado 27 meses para entregar o projeto executivo das estações e liberar licenças para a obra. A construção de quatro estações da Linha 4-Amarela está paralisada desde então. 

Fonte da Notícia: Diário da Manhã

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