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segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Bombardier será multada por atraso na instalação do CBTC nas Linhas 5-Lilás e 15-Prata


Monotrilho da Linha 15-Prata na Estação Oratório
O Governo do Estado de São Paulo vai multar a empresa Bombardier, contratada para modernizar o sistema de controle de trens do Metrô, após atraso na entrega da obra. O novo sistema está em teste há quatro anos. O Secretário Estadual de Transportes Metropolitanos, Clodoaldo Pelissioni, informou que a multa será aplicada pelo Metrô e pode chegar a R$ 30 milhões. A empresa já foi notificada.

Conforme o jornal O Estado de S. Paulo revelou na sua edição de segunda, o atraso da gestão Geraldo Alckmin para concluir a extensão das Llinhas 5-Lilás e 15-Prata, e da Bombardier em instalar o novo sistema, chamado de CTBC, tem mantido paradas 31 novas composições.

Esses trens adquiridos são mais modernos que o atual sistema operacional dos trilhos, que não estão preparados para operar com a nova tecnologia. "É evidente que houve, por parte da Bombardier, contratada para fazer o sistema CBTC, atraso em seu cronograma. Aliás, nós temos um processo de multa em curso, que está em cerca de R$ 30 milhões", disse o secretário.

O CBTC é importante para reduzir o intervalo entre as composições e assim aumentar a quantidade de trens na linha, diminuindo a superlotação. Essa incompatibilidade do sistema impede, por exemplo, o uso imediato dos trens no trecho entre Capão Redondo e Adolfo Pinheiro da Linha 5-Lilás. Com a tecnologia, os equipamentos passam a ser comandados apenas por computador.

De acordo com Pelissioni, mesmo com o atraso, o sistema deve ser instalado até Dezembro de 2015. O prazo inicial, segundo o Metrô, era fevereiro deste ano.

Já a utilização no trecho já existente da Linha 5-Lilás ficaria para 2016. "Hoje nós operamos a linha com oito trens. Atende plenamente à demanda, mas é evidente que esses novos trens darão conforto ao usuário", afirmou o secretário.

A Bombardier disse, em nota, que trata do assunto "na esfera contratual adequada". A empresa alega dificuldades para conclusão da implementação por causa da "elevada complexidade da integração do projeto".

Para o presidente do Sindicato dos Metroviários, Altino de Melo Prazeres, a multa não será aplicada. "Parece mais um jogo de imagem. As empresas reclamam que não conseguem cumprir (o prazo), exigem mais dinheiro, o Metrô multa e no fim das contas sai uma negociação", disse.

Manutenção

Pelissioni afirmou ainda que eventuais manutenções que precisem ser feitas antes de as composições entrarem em operação ficarão a cargo das empresas, não do Metrô. A reportagem constatou que um dos trens já foi pichado. "Se houver necessidade, as empresas terão de fazê-lo. A CAF, a Bombardier, se acontecer algum problema antes de os trens entrarem em circulação, elas deverão fazer toda a manutenção no que tange à parte técnica." A CAF informou que não comentaria a declaração.

Fonte da Notícia: O Estado de São Paulo
Imagem de Sérgio Mazzi

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