Monotrilho da Linha 15-Prata na Estação Oratório |
O Governo do Estado de São Paulo vai multar a
empresa Bombardier, contratada para modernizar o sistema de controle de
trens do Metrô, após atraso na entrega da obra. O novo sistema está em
teste há quatro anos. O Secretário Estadual de Transportes
Metropolitanos, Clodoaldo Pelissioni, informou que a
multa será aplicada pelo Metrô e pode
chegar a R$ 30 milhões. A empresa já foi notificada.
Conforme
o jornal O Estado de S. Paulo revelou na sua edição de segunda, o
atraso da gestão Geraldo Alckmin para concluir a extensão das Llinhas 5-Lilás e 15-Prata, e da Bombardier em instalar o
novo sistema, chamado de CTBC, tem mantido paradas 31 novas composições.
Esses
trens adquiridos são mais modernos que o atual sistema operacional dos
trilhos, que não estão preparados para operar com a nova tecnologia. "É
evidente que houve, por parte da Bombardier, contratada para fazer o
sistema CBTC, atraso em seu cronograma. Aliás, nós temos um processo de
multa em curso, que está em cerca de R$ 30 milhões", disse o secretário.
O
CBTC é importante para reduzir o intervalo entre as composições e assim
aumentar a quantidade de trens na linha, diminuindo a superlotação.
Essa incompatibilidade do sistema impede, por exemplo, o uso imediato
dos trens no trecho entre Capão Redondo e Adolfo Pinheiro da Linha
5-Lilás. Com a tecnologia, os equipamentos passam a ser comandados
apenas por computador.
De
acordo com Pelissioni, mesmo com o atraso, o sistema deve ser instalado
até Dezembro de 2015. O prazo inicial, segundo o Metrô, era fevereiro deste
ano.
Já
a utilização no trecho já existente da Linha 5-Lilás ficaria para 2016. "Hoje
nós operamos a linha com oito trens. Atende plenamente à demanda, mas é
evidente que esses novos trens darão conforto ao usuário", afirmou o
secretário.
A
Bombardier disse, em nota, que trata do assunto "na esfera contratual
adequada". A empresa alega dificuldades para conclusão da implementação
por causa da "elevada complexidade da integração do projeto".
Para
o presidente do Sindicato dos Metroviários, Altino de Melo Prazeres, a
multa não será aplicada. "Parece mais um jogo de imagem. As empresas
reclamam que não conseguem cumprir (o prazo), exigem mais dinheiro, o
Metrô multa e no fim das contas sai uma negociação", disse.
Manutenção
Pelissioni
afirmou ainda que eventuais manutenções que precisem ser feitas antes
de as composições entrarem em operação ficarão a cargo das empresas, não
do Metrô. A reportagem constatou que um dos trens já foi pichado. "Se
houver necessidade, as empresas terão de fazê-lo. A CAF, a Bombardier,
se acontecer algum problema antes de os trens entrarem em circulação,
elas deverão fazer toda a manutenção no que tange à parte técnica." A
CAF informou que não comentaria a declaração.
Fonte da Notícia: O Estado de São Paulo
Imagem de Sérgio Mazzi
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