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terça-feira, 4 de agosto de 2015

Após rompimento do contrato das obras da Linha 4-Amarela, consórcio critica 'limitações gerenciais' do Metrô de SP

Composições operantes da Linha 4-Amarela
O consórcio espanhol Isolux Corsán-Corviam, responsável pela construção de duas das quatro estações que ainda faltam na Linha 4-Amarela do Metrô, na capital paulista, disse que partiu da empresa a decisão de rescindir o contrato com o Metrô e criticou as 'limitações gerenciais' da empresa de transportes.

Segundo o consórcio, a "há cerca de 15 dias, entregou ao Metrô uma carta em que solicitava a regularização dos aditivos e a entrega de projetos executivos, sem os quais a continuidades das obras tornava-se impossível. Como não houve nenhuma manifestação do Metrô, reforçando as limitações gerenciais daquele órgão, a empresa tomou a decisão de pedir a rescisão do contrato e encaminhar a questão para um processo de arbitragem. Isto também significa que nenhuma multa foi aplicada".

O consórcio ainda informou que vai encaminhar a questão em um processo de arbitragem. A empresa diz que já apresentou ao Metrô um plano de desmobilização das obras e lamenta que o desfecho tenha sido este, mas está convencida que a decisão tomada era a única possível.

O Governo de São Paulo decidiu rescindir o contrato com o consórcio responsável pela construção de duas das quatro estações que ainda faltam na Linha 4-Amarela do Metrô, na capital paulista, segundo informou o SPTV. As estações Oscar Freire e Higienópolis-Mackenzie deveriam ser entregues em 2016, mas vão atrasar pelo menos um ano porque será aberta uma nova licitação no segundo semestre deste ano.

O Secretário Estadual de Transportes Metropolitanos, Clodoaldo Pelissioni, afirmou ainda que vai cobrar uma multa, prevista em contrato, de R$ 23 milhões do consórcio espanhol Isolux Corsán-Corviam por causa de abandono da obra, descumprimento de normas de qualidade e segurança, além da ausência de pagamento das empresas subcontratadas.

O que falta

Além das estações Higienópolis-Mackenzie e Oscar Freire, ainda falta a construção das estações São Paulo-Morumbi e Vila Sônia. Uma licitação também precisou ser aberta para concluir as obras das duas últimas estações porque o consórcio Isolux Córsan-Corviam parou as obras na Linha 4-Amarela.

"Iniciadas as obras no começo do ano [2016], em 12 meses nos vamos entregar Higienópolis, em 15 meses Oscar Freire, 18 meses Morumbi e 24 meses a Vila Sônia", afirmou o secretário estadual de Transportes Metropolitanos.

Licitações e suspensões

A Linha 4-Amarela terá 11 estações, ao longo de quase 13 km entre a Luz e a Vila Sônia. O contrato para início da 1ª Fase das obras foi assinado em Novembro de 2006. As primeiras estações inauguradas foram Paulista e Faria Lima, em Maio de 2010. A 2ª Fase de obras teve licitação fechada em 2012 por R$ 1,8 bilhão. Mas, dentro desta etapa, apenas a Estação Fradique Coutinho foi aberta, em Novembro de 2014.

Depois de ficarem suspensos em 2014, somente os trabalhos nas estações Higienópolis-Mackenzie e Oscar Freire foram retomados em abril deste ano, quando o Metrô e a construtora fecharam um acordo. O governo já havia ameaçado romper o contrato por causa de atrasos na obra, mas decidiu pagar mais R$ 20 milhões para o consórcio responsável.

O contrato inicial da linha era de R$ 172 milhões para a construção do Pátio Vila Sônia e das futuras estações Higienópolis-Mackenzie e Oscar Freire. O consórcio Isolux Corsán-Corviam, responsável pelo trabalho, já havia recebido do governo paulista quase R$ 19 milhões no ano passado e mais R$ 20 milhões em 2015. Com os aditivos, o valor inicial subiu para R$ 212 milhões.
 
Fonte da Notícia: G1
Imagem: Mobilize

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