Composições operantes da Linha 4-Amarela |
O consórcio espanhol Isolux Corsán-Corviam,
responsável pela construção de duas das quatro estações que ainda faltam
na Linha 4-Amarela do Metrô, na capital paulista, disse que partiu da
empresa a decisão de rescindir o contrato com o Metrô e criticou as
'limitações gerenciais' da empresa de transportes.
Segundo
o consórcio, a "há cerca de 15 dias, entregou ao Metrô uma carta em que
solicitava a regularização dos aditivos e a entrega de projetos
executivos, sem os quais a continuidades das obras tornava-se
impossível. Como não houve nenhuma manifestação do Metrô, reforçando as
limitações gerenciais daquele órgão, a empresa tomou a decisão de pedir a
rescisão do contrato e encaminhar a questão para um processo de
arbitragem. Isto também significa que nenhuma multa foi aplicada".
O
consórcio ainda informou que vai encaminhar a questão em um processo de
arbitragem. A empresa diz que já apresentou ao Metrô um plano de
desmobilização das obras e lamenta que o desfecho tenha sido este, mas
está convencida que a decisão tomada era a única possível.
O Governo de São Paulo decidiu rescindir o contrato com o consórcio
responsável pela construção de duas das quatro estações que ainda faltam
na Linha 4-Amarela do Metrô, na capital paulista, segundo informou o
SPTV. As estações Oscar Freire e
Higienópolis-Mackenzie deveriam ser entregues em 2016, mas vão atrasar
pelo menos um ano porque será aberta uma nova licitação no segundo
semestre deste ano.
O Secretário Estadual de Transportes Metropolitanos, Clodoaldo
Pelissioni, afirmou ainda que vai cobrar uma multa, prevista em
contrato, de R$ 23 milhões do consórcio espanhol Isolux Corsán-Corviam
por causa de abandono da obra, descumprimento de normas de qualidade e
segurança, além da ausência de pagamento das empresas subcontratadas.
O que falta
Além
das estações Higienópolis-Mackenzie e Oscar Freire, ainda falta a
construção das estações São Paulo-Morumbi e Vila Sônia. Uma licitação
também precisou ser aberta para concluir as obras das duas últimas
estações porque o consórcio Isolux Córsan-Corviam parou as obras na
Linha 4-Amarela.
"Iniciadas as obras no
começo do ano [2016], em 12 meses nos vamos entregar Higienópolis, em 15
meses Oscar Freire, 18 meses Morumbi e 24 meses a Vila Sônia", afirmou o
secretário estadual de Transportes Metropolitanos.
Licitações e suspensões
A
Linha 4-Amarela terá 11 estações, ao longo de quase 13 km entre a Luz e a Vila
Sônia. O contrato para início da 1ª Fase das obras foi assinado em Novembro de 2006. As primeiras estações inauguradas foram Paulista e
Faria Lima, em Maio de 2010. A 2ª Fase de obras teve licitação
fechada em 2012 por R$ 1,8 bilhão. Mas, dentro desta etapa, apenas a Estação Fradique Coutinho foi aberta, em Novembro de 2014.
Depois
de ficarem suspensos em 2014, somente os trabalhos nas estações
Higienópolis-Mackenzie e Oscar Freire foram retomados em abril deste
ano, quando o Metrô e a construtora fecharam um acordo. O governo já
havia ameaçado romper o contrato por causa de atrasos na obra, mas
decidiu pagar mais R$ 20 milhões para o consórcio responsável.
O
contrato inicial da linha era de R$ 172 milhões para a construção do
Pátio Vila Sônia e das futuras estações Higienópolis-Mackenzie e Oscar
Freire. O consórcio Isolux Corsán-Corviam, responsável pelo trabalho, já
havia recebido do governo paulista quase R$ 19 milhões no ano passado e
mais R$ 20 milhões em 2015. Com os aditivos, o valor inicial subiu para
R$ 212 milhões.
Fonte da Notícia: G1
Imagem: Mobilize
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