O Tribunal Regional do Trabalho da 2.ª Região determinou que os metroviários respeitem o funcionamento de um
contingente mínimo durante a GREVE programada para ocorrer a partir de 27/05/2015.
A decisão da Justiça trabalhista atendeu a pedido cautelar
feito pela Companhia do Metropolitano e prevê que 100% dos trabalhadores
atuem nos horários de pico - das 6h às 9h e das 16h às 19h - e 70% nos
demais horários.
A ordem partiu do desembargador Mauro Vignotto, que
apreciou o pedido do Metrô nesta quinta-feira, 21/05/2015. O magistrado
estipulou em R$ 100 mil a multa diária em caso de descumprimento da
decisão.
Na ação, o metrô alegou que os sindicatos decidiram pela
greve antes do término das negociações e estariam participando de ações
que descumprem normas de segurança da empresa.
Na decisão, o desembargador considerou o caráter essencial
dos serviços, além de ter ponderado que a motivação da greve anunciada
não envolveria mora salarial nem descumprimento de obrigação contratual
pelo Metrô. Caso ocorra interrupção nos serviços, a multa deverá ser
revertida a alguma entidade a ser indicada pelo TRT-2.
Reajuste
Os metroviários decidiram pela GREVE na noite de 20/05/2015, em assembleia da categoria. Os trabalhadores criticam a
proposta de reajuste salarial apresentada pela Companhia, que é de
7,21%. A categoria pede por mais de 17%, entre compensação de inflação e
aumento real.
O Governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, afirmou
nesta quinta que negocia para evitar uma paralisação dos funcionários do
Metrô e da CPTM. "A greve
só prejudica a população e quem mais precisa para trabalhar. Faremos o
possível para não ter greve", disse.
Segundo Alckmin, a categoria teve reajuste real nos últimos
quatro anos e que a média salarial da categoria é de R$ 5.237. "O Metrô
e a CPTM estão permanentemente negociando e já fizeram uma oferta em
relação à reposição inflacionária", disse.
O TRT informou que a determinação de frota mínima
circulando não atinge os ferroviários, que também optaram por greve na
mesma data. Nova assembleias da categoria estão programadas para a
véspera da paralisação, amanhã.
Fonte da Notícia: Revista Exame
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