Os deputados estaduais de São Paulo aprovaram ontem
o projeto de lei 1/2015, do Governador Geraldo Alckmin, que
autoriza a gratuidade aos estudantes nas tarifas do Metrô, da CPTM e dos ônibus da EMTU.
A
isenção beneficia estudantes dos ensinos fundamental e médio
matriculados em escolas públicas, e de ensino superior matriculados em
universidades e faculdades públicas que comprovem baixa renda. As
tarifas aumentaram de R$ 3 para R$ 3,50 em 6 de janeiro.
A
Secretaria dos Transportes Metropolitanos estima que cerca de 65% dos
estudantes que usam CPTM e Metrô terão direito ao benefício. A medida
vai beneficiar todos alunos de escolas públicas do estado, incluindo os
alunos das universidades públicas, Etecs e Fatecs.
Alunos
de escolas particulares que comprovarem renda de até R$ 1.550 também
serão beneficiados com a tarifa zero. De acordo com o governo do estado,
também terão direito à gratuidade alunos de baixa renda cadastrados em
programas estaduais que dão bolsas a universitários, como o Escola da
Família e o Ler e Escrever, e os federais Prouni e Fies.
Projeto
Na
justificativa do projeto, o governo estadual argumenta que a gratuidade
total aos estudantes nos transportes públicos objetiva, além do
atendimento aos comandos e princípios constitucionais, atender demandas
sociais emergentes.
Também
argumenta que município de São Paulo está autorizado desde Dezembro de
2014, pela lei 16.097, a conceder isenção integral do pagamento da
tarifa aos estudantes do ensino fundamental, médio e superior, e que os
serviços de transportes operados pela CPTM e pelo Metrô se utilizam do
Bilhete Único do município.
O
governador anunciou em 30 de dezembro que enviaria à Assembleia o
projeto do passe livre. A Prefeitura havia anunciado quatro dias antes a
instituição da isenção para os estudantes nos ônibus municipais.
Custo x subsídios
O
custo de operação do Metrô e da CPTM, juntos, é de R$ 4,9 bilhões ao
ano. Sem o reajuste para R$ 3,50, a receita dos sistemas com a venda de
passagens chegaria a R$ 3 bilhões, sobrando R$ 1,8 bilhão de despesas,
pagas por meio de subsídios do Estado.
Com
o reajuste da tarifa para R$ 3,50, a receita obtida com a venda de
passagens subiu para R$ 3,5 bilhões, reduzindo em 23% os subsídios pagos
pelo Estado.
A
tarifa zero para estudantes vai gerar um impacto de R$ 53 milhões na
receita dos sistemas de Metrô e CPTM. Com o reajuste da tarifa, a
receita do sistema aumentará em 15%, de R$ 3 bilhões para R$ 3,5 bilhões
– aumento suficiente para cobrir os descontos com a tarifa zero e
reduzir em 8,2% os subsídios pagos pelo Estado de R$ 1,8 bilhão para R$
1,4 bilhão.
Fonte da Notícia: G1-SP
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