Lotação extrema diariamente no Metrô de SP |
O número de passageiros transportados no Metrô de São Paulo cresceu
quase três vezes mais do que a ampliação da rede nos últimos quatro
anos. Dados oficiais indicam que, nesse intervalo, a malha do Metrô
aumentou 5,5% (de 74,3 km, em 2011, para 78,4 km, em 2014), e a
quantidade de usuários subiu 14,5%, de 1,138 bilhão para 1,304 bilhão.
No caso dos trens, a diferença é ainda maior.
Segundo estatísticas
da CPTM, se ao longo de
2011 foram transportados, ao todo, 700 milhões de passageiros pelas seis
linhas do sistema, no ano passado o número foi 18,8% maior, atingindo a
marca de 832 milhões de usuários. Ao mesmo tempo, a rede aumentou 2,5% -
alcançando 260,8 km - e ganhou três estações. O Metrô, por sua vez,
registrou a abertura de quatro paradas entre o fim de 2011 e o mês
passado.
O designer Richard Batista, de 29 anos, usa o Metrô e a
CPTM diariamente há cinco anos. Morador da região do Tucuruvi, na zona
norte da capital paulista, ele trabalha em uma empresa na Barra Funda,
na zona oeste. “Está tão cheio que já testemunhei até pessoas se batendo
no meio do corredor do trem.” Ele conta que observa mais lotação
excessiva até em horários fora dos picos.
Diretor da ANTP, Rogério Belda, explica que esse
fenômeno é esperado. “Está muito mais cheio nos horários de pico e fora
deles também, como no almoço, pois as pessoas têm feito outras coisas. O
perfil de São Paulo é de metrópole”, afirma Belda.
Questionado se
a extensão da rede é adequada para o tamanho da cidade, o especialista
diz que “nunca foi” e que o Metrô começou a ser construído tarde (em
1968). “As administrações ora dão recursos, mais incentivos, ora menos.”
O superintendente da ANTP, Luiz Carlos Mantovani Néspoli, afirma que a própria expansão da rede nos últimos anos, com a inauguração da Linha 4-Amarela em 2010, por exemplo, atraiu mais demanda. “Cria-se atrativos novos, trazendo novas áreas de interesse.”
Em sua avaliação, a
expansão da rede, nos próximos anos, não deve tornar o Metrô e a CPTM
menos superlotados. “Você ainda tem nas zonas leste e sul grande volume
de moradia e pouquíssimos empregos, que ainda estão concentrados nas
áreas centrais. É preciso contar com uma rede de corredores de ônibus
maior.”
Estações. Embora tenha perdido uma parte de seus passageiros, a Estação Sé, conexão entre as Linhas 1-Azul e 3-Vermelha no centro da capital paulista, continua na liderança de paradas mais cheias do Metrô. No ano passado, houve uma média de 537 mil usuários por dia naquele ponto, ante 545 mil dois anos atrás.
Na segunda colocação, está
Palmeiras-Barra Funda, na Linha 3-Vermelha. Por ali,
passaram, diariamente, cerca de 220 mil usuários, 10 mil a mais do que
em 2013. Na terceira colocação, com 198 mil passageiros transportados,
está a Estação Paraíso, que teve média 194 mil passageiros diários no
ano retrasado.
Fonte da Notícia: Revista Ferroviária
Créditos da Imagem Reservados ao Autor
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