Manifestação da Estação Faria Lima ontem |
Um grupo de manifestantes pretendia fazer um
"catracaço" e negociava com seguranças da ViaQuatro, concessionária
responsável pela Linha 4-Amarela, quando a Tropa de Choque desceu as
escadas. Houve um princípio de tumulto e um manifestante lançou uma
pedra em um funcionário do Metrô.
A
PM reagiu, lançando ao menos seis bombas de gás lacrimogêneo em dois
minutos. A estação estava lotada. Houve correria e muita gente passou
mal. A reportagem do jornal O Estado de S. Paulo viu três pessoas
desmaiarem; outras vomitaram. Uma pessoa foi detida.
Passageiros
de uma composição seguraram as portas para que as pessoas pudessem
entrar e fugir do tumulto. Mesmo seguranças da ViaQuatro e policiais
passaram mal por causa do gás. Até as 23h20, não havia informações de
detidos ou número total de feridos.
O
repórter da TV Estadão Fernando Otto foi atingido por uma bala de
borracha lançada pela PM na saída da Estação Faria Lima, enquanto
filmava a ação de mascarados que depredavam os vidros. A bala atingiu o
celular que estava em seu bolso - que ficou destruído. Otto não se
feriu.
No
ato anterior, no centro de São Paulo, que foi dispersada na Avenida São
João, após confronto entre black blocs e PMs, pelo menos duas pessoas
que acompanhavam a marcha ficaram feridas, incluindo o repórter do
Estado Edgar Maciel, atingido na perna por bala de borracha.
O
ato do Movimento Passe Livre havia saído do Largo da Batata às
19h15 e bloqueado a Avenida Brigadeiro Faria Lima no sentido da Ponte
Eusébio Matoso. Segundo a Polícia Militar, mil pessoas faziam parte da
caminhada.
Já
o MPL falava em 10 mil. A major Dulcinéia Lopes, responsável pela
operação, informou que 350 militares faziam o policiamento, menor
efetivo desde que começaram os protestos contra a tarifa de R$ 3,50, que
entrou em vigor no dia 06/01/2014.
"Não
vamos deixar (seguir) na Paulista, em decorrência das obras, e na
Marginal (do Pinheiros) por causa do trânsito", afirmava a major, ainda
no Largo da Batata, onde ocorreu a concentração para o ato.
Posteriormente, a PM cedeu e deixou que o MPL bloqueasse a Marginal do
Pinheiros pela primeira vez no ano. Na sequência, ficou definido que só a
pista local no sentido Castelo seria ocupada.
Fonte da Notícia: Estadão
Imagem: G1
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