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quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Manifestação termina em confronto na Estação Faria Lima

Manifestação da Estação Faria Lima ontem
Um grupo de manifestantes pretendia fazer um "catracaço" e negociava com seguranças da ViaQuatro, concessionária responsável pela Linha 4-Amarela, quando a Tropa de Choque desceu as escadas. Houve um princípio de tumulto e um manifestante lançou uma pedra em um funcionário do Metrô.

A PM reagiu, lançando ao menos seis bombas de gás lacrimogêneo em dois minutos. A estação estava lotada. Houve correria e muita gente passou mal. A reportagem do jornal O Estado de S. Paulo viu três pessoas desmaiarem; outras vomitaram. Uma pessoa foi detida.

Passageiros de uma composição seguraram as portas para que as pessoas pudessem entrar e fugir do tumulto. Mesmo seguranças da ViaQuatro e policiais passaram mal por causa do gás. Até as 23h20, não havia informações de detidos ou número total de feridos.

O repórter da TV Estadão Fernando Otto foi atingido por uma bala de borracha lançada pela PM na saída da Estação Faria Lima, enquanto filmava a ação de mascarados que depredavam os vidros. A bala atingiu o celular que estava em seu bolso - que ficou destruído. Otto não se feriu.

No ato anterior, no centro de São Paulo, que foi dispersada na Avenida São João, após confronto entre black blocs e PMs, pelo menos duas pessoas que acompanhavam a marcha ficaram feridas, incluindo o repórter do Estado Edgar Maciel, atingido na perna por bala de borracha.

O ato do Movimento Passe Livre havia saído do Largo da Batata às 19h15 e bloqueado a Avenida Brigadeiro Faria Lima no sentido da Ponte Eusébio Matoso. Segundo a Polícia Militar, mil pessoas faziam parte da caminhada.

Já o MPL falava em 10 mil. A major Dulcinéia Lopes, responsável pela operação, informou que 350 militares faziam o policiamento, menor efetivo desde que começaram os protestos contra a tarifa de R$ 3,50, que entrou em vigor no dia 06/01/2014.

"Não vamos deixar (seguir) na Paulista, em decorrência das obras, e na Marginal (do Pinheiros) por causa do trânsito", afirmava a major, ainda no Largo da Batata, onde ocorreu a concentração para o ato. Posteriormente, a PM cedeu e deixou que o MPL bloqueasse a Marginal do Pinheiros pela primeira vez no ano. Na sequência, ficou definido que só a pista local no sentido Castelo seria ocupada.
 
Fonte da Notícia: Estadão
Imagem: G1

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