Manifestação dos 20 centavos em 2013 |
Após um intervalo de quase um ano e meio, as
manifestações contra o reajuste das tarifas de transporte voltam à cena
na cidade de São Paulo esta semana. No começo da semana, integrantes do
Movimento Passe Livre realizarão uma “aula pública contra a
tarifa” em frente à prefeitura da cidade, no Viaduto do Chá, região
central. Amanhã, o movimento organiza um protesto em
frente ao Theatro Municipal, também no centro.
As manifestações foram programadas após o Prefeito de
São Paulo, Fernando Haddad, anunciar, no dia 26/12/2014, que dia 06/01/2015 a tarifa de ônibus iria subir de R$ 3,00
para R$ 3,50 (reajuste médio de 7,92%), enquanto as tarifas do bilhete
único nas modalidades mensal, semanal e diário (validade de 24 horas)
ficarão congeladas.
O valor do bilhete único integrado com o Metrô e os
trens da CPTM ficará em R$ 5,45. Por outro lado, estudantes de escolas
públicas e universitários do Prouni, Fies e cotistas serão beneficiados
pelo passe livre.
As tarifas de Metrô e CPTM também serão reajustadas, confirmou o Governador Geraldo Alckmin .
“Cada vez que a tarifa sobe, aumenta o número de pessoas
excluídas do transporte coletivo. Com menos gente circulando, novos
aumentos serão necessários, numa espiral que diminui cada vez mais o
direito à cidade da população. Entre nós e a cidade (que nós mesmos
fazemos funcionar!) existe uma catraca que cobra cada vez mais caro. É
que para os de cima, ninguém tem que sair da periferia se não for para
trabalhar ou - se tiver dinheiro - para consumir. Além disso, nos
obrigam a pagar por ônibus lotados em linhas e trajetos sobre os quais
nada decidimos”, diz o MPL em trecho de um manifesto de convocação ao
protesto de amanhã.
“Cobrar
pelo transporte – que deveria ser público de verdade – e ainda aumentar
esse preço é uma escolha política pela exclusão de pessoas e em favor
do lucro dos empresários de ônibus. Este aumento soa mais absurdo quando
constatamos que uma auditoria acaba de provar que milhões foram
desviados pelas empresas do transporte. Reduzir seu lucro exorbitante e
cobrar o dinheiro roubado seria suficiente para manter o preço da tarifa
ou até mesmo reduzi-la”, finaliza o movimento, para quem o passe livre
estudantil anunciado pela prefeitura “não é tarifa zero”.
Fonte da Notícia e Imagem: Portal Terra
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