Obras da Futura Estação Terminal Vila Sônia (Linha 4-Amarela) |
O Orçamento proposto pelo Governador Geraldo Alckmin para 2015
prevê arrecadação total de R$ 204,6 bilhões para o primeiro ano do
próximo governo - valor 8,1% maior do que o previsto neste ano. Em
relação aos R$ 189,1 bilhões estimados para 2014, o aumento real será de
1,5%.
Para fazer os cálculos, o Estado aplicou a inflação dos últimos 12
meses (6,51%, medidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor
Amplo, IPCA, a inflação oficial do País) nos valores do orçamento de
2014. Então, comparou os números com os valores que constam do Orçamento
enviado à Assembleia.
A peça não traz, por exemplo, aumento real significativo de gastos
nas Secretarias de Saúde e Educação. A previsão de gastos da Saúde
variou 1,9% (de R$ 20 bilhões, em 2014, para R$ 20,4 bilhões no ano que
vem). Na Educação, o valor foi igualado: R$ 28,4 bilhões em 2014 e 2015.
A Secretaria de Estado do Planejamento argumenta que a área social (que inclui os gastos de custeio de Saúde e Educação) é a que receberá o maior volume de recursos fiscais, equivalentes a R$ 92,5 bilhões, quantia R$ 6,4 bilhões superior ao valor inicialmente programado para este ano. Ainda segundo a secretaria, tanto na Saúde quanto na Educação a previsão é de que os gastos serão maiores do que o porcentual determinado pela Constituição Federal.
No caso da Habitação, a previsão é de queda de investimentos na
comparação com este ano. Estimam-se R$ 2,4 bilhões de investimentos no
ano que vem, mesmo valor reservado para a área neste ano. Com a correção
de valores pela inflação, o orçamento deveria receber R$ 100 milhões a
mais.
Um setor com aumento real foi o saneamento básico, que terá um
crescimento nominal de 6,9% deste ano para o ano que vem. O orçamento
para obras do setor vai subir de R$ 4,3 bilhões para R$ 4,6 bilhões. Só a
correção da inflação do período já elevaria a previsão de gastos para
R$ 4,55 bilhões.
Transportes. O setor onde foi estimado maior crescimento dos
investimentos para o ano que vem foi o transporte metroferroviário, uma
das áreas em que o governo enfrentou as maiores dificuldades para
cumprir as promessas feitas na atual gestão.
O volume de investimentos em 2015 será 12,3% maior do que o observado
neste ano, alcançando um total de R$ 8,2 bilhões (a previsão para 2014
foi de R$ 7,3 bilhões de gastos, ainda em execução). O aumento real dos
gastos será de 6,5% no ano que vem.
O Orçamento prevê a destinação de R$ 1,3 bilhão para novas linhas: a
6-Laranja e a 18-Bronze, que vão ser feitas por meio de PPP, além do trem regional que deverá interligar São
Paulo e Campinas.
Entre as linhas já em construção, a 5-Lilás, em obras na zona sul,
deve absorver R$ 1,1 bilhão em investimentos. Já os monotrilhos das
Linhas 15-Prata e 17-Ouro, que vêm tendo
sucessivos atrasos e já deveriam estar operando, vão consumir, juntos,
R$ 1,2 bilhão e serão concluídos em 2015.
Para a CPTM, o Orçamento
prevê início das obras do trem que ligará Guarulhos, na região
metropolitana, à malha metroferroviária. A previsão é de que a Linha
13-Jade, que passará pelo Aeroporto de Cumbica, tenha 12,2 quilômetros
de extensão - parte do trajeto será feita em um viaduto. A obra só
deverá ficar pronta em 2018.
Fonte da Notícia: Revista Ferroviária
Créditos da Imagem Reservados ao Autor
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