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segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Congresso instala CPI do Metrô, mas adia escolha de presidente e relator

O Congresso Nacional instalou semana passada a CPMI que investigará suposta prática de cartel em licitações do Metrô de São Paulo durante governos do PSDB.

Embora instalada, a comissão não poderá dar início às investigações porque ainda não definiu presidente e relator, escolha adiada para 02/09/2014, após pressão da base governista. O impasse é motivado pela disputa da presidência da comissão. O PMDB tem a preferência, mas o Senador João Alberto Souza, indicado para a vaga, não compareceu à sessão. A oposição também reivindica a presidência. O líder do Solidariedade na Câmara, Fernando Francischini, anunciou que concorrerá

Se o PMDB ficar com o cargo de presidente, a quem cabe indicar o relator, o nome mais provável para ocupar a relatoria é o do Deputado Federal Renato Simões.

O PT anunciou três dias após as denúncias de fraude na CPI da Petrobras no Senado que instalaria a CPI mista do Metrô. A revista “Veja” afirmou que a presidente da Petrobras, Graça Fortes, o ex-presidente Sérgio Gabrielli e o ex-diretor Nestor Cerveró receberam com antecedência as perguntas que seriam formuladas pelos senadores na comissão.

A CPI mista do Metrô foi criada formalmente em 07/05/2014, mas desde então tinha sido deixada de lado pelos parlamentares governistas, autores do pedido de criação. As investigações poderão atingir o PSDB, partido que governava São Paulo na época das acusações e que tem o Senador Aécio Neves como adversário de Dilma Rousseff na disputa pela Presidência da República.

O pedido de criação da CPI mista, aprovado em maio, prevê apuração de "fatos referentes à formação de cartel, corrupção de autoridades e outros ilícitos nos contratos, licitações, execução de obras e manutenção de linhas de trens e metrôs no estado de São Paulo e no Distrito Federal, com uso de recursos federais e em prejuízo na prestação do serviço público de transporte".

A CPI mista do Metrô será a terceira comissão de inquérito em funcionamento no Congresso Nacional. Duas CPIs – uma restrita a senadores e outra mista (com participação também de deputados) – investigam irregularidades na Petrobras, com foco na compra, pela estatal, da refinaria de Pasadena, no Texas. A negociação é suspeita de superfaturamento pelo Tribunal de Contas da União.

Com a instalação da CPI mista, os integrantes poderão protocolar requerimentos a fim de realizar depoimentos ou solicitar documentos. A análise desses pedidos, porém, dependerá da escolha de presidente e relator.

Fonte da Notícia: G1-SP

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