O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, e o governador do
Estado, Geraldo Alckmin, anunciaram a redução da tarifa de Ônibus, Metrô e CPTM. O
anúncio será feito nesta quarta-feira, no Palácio dos Bandeirantes. Com a
decisão, o valor das tarifas, atualmente em 3,20 voltará a 3 reais.
Em uma reunião convocada, ontem, pelo Conselho da Cidade de São Paulo, - órgão sem caráter decisório que reúne 136 notáveis da capital paulista -, com presença de integrantes do MPL, o prefeito Fernando Haddad admitiu, pela primeira vez, a possibilidade de reduzir a tarifa de ônibus na cidade. Mas isso só depois de uma “ampla discussão” que resulte num apoio popular para a causa.
Em uma reunião convocada, ontem, pelo Conselho da Cidade de São Paulo, - órgão sem caráter decisório que reúne 136 notáveis da capital paulista -, com presença de integrantes do MPL, o prefeito Fernando Haddad admitiu, pela primeira vez, a possibilidade de reduzir a tarifa de ônibus na cidade. Mas isso só depois de uma “ampla discussão” que resulte num apoio popular para a causa.
“Se as pessoas me ajudarem a tomar uma
decisão nessa direção, eu vou me subordinar à vontade das pessoas
porque eu sou prefeito da cidade”, disse. A frase foi no fim de uma
reunião de três horas, que começou às 10 horas dessa terça-feira, em
que Haddad ouviu forte apoio, por parte do conselho, no sentido de
revogar o aumento da tarifa. “'Vou fazer uma reflexão sobre os números,
sobre o que ouvi e vou dar uma resposta para o movimento.”
De acordo com as tabelas da administração municipal, sem aumento na tarifa, o subsídio para os ônibus chegaria a R$ 1,425 bilhão em 2013. Com aumento, será de pelo menos R$ 1,250 bilhão. “O problema é que o orçamento aprovado para este ano previa um gasto de R$ 600 milhões com o subsídio”, disse o secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto.
De acordo com as tabelas da administração municipal, sem aumento na tarifa, o subsídio para os ônibus chegaria a R$ 1,425 bilhão em 2013. Com aumento, será de pelo menos R$ 1,250 bilhão. “O problema é que o orçamento aprovado para este ano previa um gasto de R$ 600 milhões com o subsídio”, disse o secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto.
Propostas
O prefeito de São Paulo disse também que a reunião que participaria
nesta quarta-feira, em Brasília tinha o objetivo de acompanhar
discussões da CAE do Senado para
aprovação de um novo pacote de desoneração de impostos do setor de
transporte público. Se for aprovado, disse, o regime especial de
incentivos em discussão poderia representar 7 dos 20 centavos de
aumento na passagem - mas não sinalizou que, se o benefício for
aprovado, a redução das tarifas seria automática. No lugar disso, disse
que a pauta é importante dada a onda de protestos pelo País.
Mais impostos
Haddad argumentou, por outro lado, que apenas esse pacote não é
suficiente para reduzir as despesas extras advindas da revogação do
aumento. Por isso que, segundo o prefeito, a sociedade tem de ter ideia
clara do tamanho dos recursos que o poder público teria de arrecadar
para custear a tarifa zero reivindicada pelo Passe Livre.
Haddad
afirmou que, pessoalmente, é favorável a um mecanismo fiscal que faça
com que o transporte particular financie o custeio do transporte
público. Citou, como ideias a serem discutidas, a criação de um imposto
municipal para o combustível - nos moldes da Cide, que é federal -, o pedágio
urbano e até aumento do
IPTU.
Nesse último, lembrou de proposta da gestão Luiza Erundina (1989-1992),
que classificou como um “fracasso” por falta de apoio popular. Para
reforçar os argumentos de que a discussão é mais ampla, Haddad
ressaltou que a reivindicação do MPL não seria a revogação do aumento,
mas sim o congelamento da tarifa - porque um eventual aumento em 2014
renderia protestos.
Futuro
A integrante do MPL no
evento, Mayara Vivian, retrucou dizendo que a pauta imediata é a
revogação da tarifa. “As pessoas estão nas ruas para revogar o aumento
de agora”, disse. Eles discutiram durante a reunião e o prefeito disse
que não usaria “truques” para falar com os manifestantes, antes de
comentar o aumento de gastos que a medida causará.
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