O Governo de São Paulo se prepara para testar, na Parceria 
Público-Privada (PPP) da Linha 6-Laranja do Metrô, um modelo inédito de 
pagamento que pode baratear os custos da obra. A ideia é pagar pela 
construção enquanto ela é realizada. 
A modalidade tornou-se possível após a edição da lei 12.766, 
sancionada em dezembro de 2012 pela presidente Dilma Rousseff. De acordo
 com o goveno paulista, esse modelo pode tornar a obra mais barata em 
relação ao modelo anterior de PPP, que só permitia o pagamento ao 
concessionário após a conclusão das obras e início da oferta de 
serviços. 
A Parceria Público-Privada (PPP) é um contrato de prestação de 
serviços ou obras. As empresas são pagas diretamente pelo governo para 
realizar uma tarefa e podem ainda obter parte de seu retorno financeiro 
explorando o serviço - no caso do Metrô, ficam com parte do dinheiro 
pago pelos usuários. 
A Linha 6 - Laranja vai ligar a Estação São Joaquim, na região 
central de São Paulo, à Brasilândia, na Zona Norte. Tramita na 
Assembleia Legislativa um pedido de autorização para que o governo de 
São Paulo capte R$ 3,8 bilhões em empréstimos junto ao Banco Nacional de
 Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e outras instituições para 
bancar parte do empreendimento,  quase metade do custo atualizado de R$ 8
 bilhões. A abertura dos envelopes com as propostas está prevista para 9
 maio. As linhas deverão estar em funcionamento apenas em 2020. 
"Essa obra, pelo menos no caso de São Paulo, é a primeira que está 
utilizando o aporte de recursos na fase de investimentos. Eu utilizo a 
base de receitas do estado perante o Banco Nacional de Desenvolvimento 
Econômico e Social para alavancar o projeto. Vou ter um financiamento de
 30 anos, com seis anos de carência e a minha parcela, que é muito 
importante para baratear o custo do projeto nesta fase do investimento, 
coloco ao longo da fase de execução, com cronograma pré-definido. Com 
isso, barateio o custo do projeto em um formato que para o estado é 
financeiramente vantajoso", afirmou o diretor da Companhia Paulista de 
Parcerias (CPP), Tomás Bruginski. 
Bruginski também afirmou que o momento de liquidez internacional faz 
aumentar a procura por projetos no Brasil, o que pode contribuir para 
reduzir o custo do empreendimento, assim como já ocorreu com o trecho 
Norte do Rodoanel. 
"No Rodoanel isso aconteceu concretamente. Não sei se em obra ou em 
barateamento dos custos de financiamento para os empreiteiros que possam
 entrar. Existe a ideia de que se está em momento de liquidez 
internacional e bons projetos terão interessados, financiadores. A gente
 entende que esse projeto está bem estruturado", afirmou. 
Operação parcial 
O contrato de concessão patrocinada da futura Linha 6-Laranja do Metrô prevê que algumas das 15 estações previstas entrem em operação antes da conclusão do empreendimento, assim como ocorreu na construção da Linha 4- Amarela.
"Há uma previsão no contrato de que a operação parcial pode ser 
feita, mas sob determinadas condições. Só poderei ter antecipação de 
funcionamento se eu tiver linhas que sejam ligadas aos demais trechos da
 malha metroferroviária, para evitar uma estação isolada. Inauguro 
estações que tenham conexões com a malha já existente", disse Bruginski. 
Na sua primeira fase, a Linha 6-Laranja ligará a estação São Joaquim,
 já existente na Linha 1-Azul, à futura estação a ser construída no 
bairro de Vila Brasilândia. A linha passará por bairros como Sumaré e 
Higienópolis - uma estação que ficaria na Avenida Angélica encontrou 
resistência dos moradores locais. 
O trajeto terá 15,9 km incluindo pátios e 15 estações: Brasilândia, 
Vila Cardoso, Itaberaba - Hospital Vila Penteado, João Paulo I, 
Freguesia do Ó, Santa Marina, Água Branca, Pompéia, Perdizes, Cardoso de
 Almeida, Angélica - Pacaembu, Higienópolis - Mackenzie, 14 Bis, Bela 
Vista e São Joaquim. O governo projeta que 29 trens irão atuar ao longo 
do percurso. Ela fará conexão com outras linhas da CPTM e do Metrô, com a
 Linha 4-Amarela. 
A intenção do Metrô é, posteriormente, aumentar em linha a partir da 
Estação São Joaquim em direção à Zona Leste, passando por estações como a
 Mooca, da CPTM, e chegando até o bairro de Cidade Líder. A outra ponta,
 que inicialmente vai até a Brasilândia, também será estendida até a 
região da Rodovia dos Bandeirantes, passando pelo futuro centro de 
convenções de Pirituba, o Piritubão
O FERROVIÁRO. DE SEGUNDA A SEXTA ÁS 18:30 NO BLOG JORNAL DA CPTM. www.jornaldacptm.blogspot.com.brE TAMBÉM NO NOSSO FACEBOOK 
.
Nenhum comentário:
Postar um comentário