Seis grupos estrangeiros se associaram a construtoras nacionais para
tentar quebrar a preferência do que eles chamam "Clube do Tatuzão" na
disputa pelas obras de expansão da Linha 2 (Verde) do Metrô de São
Paulo.
O "clube" é formado pelas maiores construtoras do país (Andrade Gutierrez, Camargo Correa, Queiroz Galvão, Odebrecht e OAS).
O processo nem bem começou e já está levando algumas empresas à Justiça. Isso porque, para concorrer nessa licitação, é preciso ser empresa com sede no país e já ter construído túneis de metrô com uma escavadeira gigante ("shield"), batizada de "tatuzão" --e que custa cerca de R$ 50 milhões.
A exigência habilitaria somente as grandes empreiteiras para a disputa e isso gerou contestações, em janeiro deste ano, das principais concorrentes do "clube".
O Metrô chegou a suspender a concorrência, adiando a abertura da documentação das interessadas. Em fevereiro, foi judicialmente obrigado a prestar esclarecimentos, devido às contestações da Galvão Engenharia.
A construtora afirmava que o edital original não permitia a participação estrangeira.
A resposta do Metrô saiu em 15 de fevereiro e a documentação das interessadas foi aberta dias depois. O Metrô negou ter mudado o edital e afirmou que qualquer empresa estrangeira poderia participar, desde que tivesse sede no país e se associasse em um consórcio com construtoras brasileiras.
Com isso, a própria Galvão ganhou tempo e, nesse intervalo, fechou parceria com a portuguesa Somague.
Resultado: seis estrangeiras estão no certame. São elas: Ghella (Itália), Acciona e Azvi (Espanha) e Somague (Portugal). As espanholas Ferrovial e a Copasa --dois dois maiores conglomerados internacionais de infraestrutura-- surgiram na última hora associadas às brasileiras Carioca e Construcap, respectivamente.
Antes disso, ambas só entregaram propostas para lotes sem o "tatuzão". Suas sócias já estão em processo de abertura de subsidiárias no Brasil para que a proposta seja considerada válida.
O que está em jogo
A pressão das construtoras concorrentes do "clube" se explica por dois motivos. Um deles é o valor da obra: R$ 5 bilhões. A maior parte desse valor (60%) será paga aos dois consórcios vencedores dos trechos em que será preciso usar o "tatuzão".
O projeto de expansão da Linha 2 (Verde) terá 15 km e ligará a estação Vila Prudente à rodovia Dutra, próximo ao Aeroporto Internacional de São Paulo. Ao todo, serão 12 estações.
O mais importante é que, com a abertura para as estrangeiras que já usaram o "tatuzão", as construtoras brasileiras associadas terão a certificação necessária para fazer parte do "clube" e, assim, participar de concorrências futuras.
Com mais concorrentes, os preços tendem a baixar, o que é positivo para os cofres públicos. Oficialmente, nenhuma empresa quis comentar. O Metrô negou qualquer tipo de direcionamento.
O "clube" é formado pelas maiores construtoras do país (Andrade Gutierrez, Camargo Correa, Queiroz Galvão, Odebrecht e OAS).
O processo nem bem começou e já está levando algumas empresas à Justiça. Isso porque, para concorrer nessa licitação, é preciso ser empresa com sede no país e já ter construído túneis de metrô com uma escavadeira gigante ("shield"), batizada de "tatuzão" --e que custa cerca de R$ 50 milhões.
A exigência habilitaria somente as grandes empreiteiras para a disputa e isso gerou contestações, em janeiro deste ano, das principais concorrentes do "clube".
O Metrô chegou a suspender a concorrência, adiando a abertura da documentação das interessadas. Em fevereiro, foi judicialmente obrigado a prestar esclarecimentos, devido às contestações da Galvão Engenharia.
A construtora afirmava que o edital original não permitia a participação estrangeira.
A resposta do Metrô saiu em 15 de fevereiro e a documentação das interessadas foi aberta dias depois. O Metrô negou ter mudado o edital e afirmou que qualquer empresa estrangeira poderia participar, desde que tivesse sede no país e se associasse em um consórcio com construtoras brasileiras.
Com isso, a própria Galvão ganhou tempo e, nesse intervalo, fechou parceria com a portuguesa Somague.
Resultado: seis estrangeiras estão no certame. São elas: Ghella (Itália), Acciona e Azvi (Espanha) e Somague (Portugal). As espanholas Ferrovial e a Copasa --dois dois maiores conglomerados internacionais de infraestrutura-- surgiram na última hora associadas às brasileiras Carioca e Construcap, respectivamente.
Antes disso, ambas só entregaram propostas para lotes sem o "tatuzão". Suas sócias já estão em processo de abertura de subsidiárias no Brasil para que a proposta seja considerada válida.
O que está em jogo
A pressão das construtoras concorrentes do "clube" se explica por dois motivos. Um deles é o valor da obra: R$ 5 bilhões. A maior parte desse valor (60%) será paga aos dois consórcios vencedores dos trechos em que será preciso usar o "tatuzão".
O projeto de expansão da Linha 2 (Verde) terá 15 km e ligará a estação Vila Prudente à rodovia Dutra, próximo ao Aeroporto Internacional de São Paulo. Ao todo, serão 12 estações.
O mais importante é que, com a abertura para as estrangeiras que já usaram o "tatuzão", as construtoras brasileiras associadas terão a certificação necessária para fazer parte do "clube" e, assim, participar de concorrências futuras.
Com mais concorrentes, os preços tendem a baixar, o que é positivo para os cofres públicos. Oficialmente, nenhuma empresa quis comentar. O Metrô negou qualquer tipo de direcionamento.
O
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