Os metroviários de São Paulo decidiram em assembleia às 19h42 desta quarta-feira, 3, acatar a sugestão da Justiça e não realizar a greve programada para quinta-feira, 4. Com isso, o Metrô funcionará normalmente amanhã. A paralisação foi remarcada para o próximo dia 24, uma quarta-feira, caso as negociações com a empresa não avancem. A votação ocorreu na sede da entidade, no Tatuapé, zona leste.
Em uma audiência de conciliação promovida na terça-feira, 2, a desembargadora Rilma Aparecida Hemetério, do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 2ª Região, pediu para que a paralisação não ocorra nos próximos 20 dias. É esse o prazo dado para que o Metrô reapresente propostas trabalhistas para a categoria.
Visivelmente nervoso, o presidente do sindicato, Altino de Melo Prazeres Júnior, afirmou em seu discurso que participou de uma reunião às pressas ontem à noite com o secretário estadual dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, e o presidente da empresa, Peter Walker, para discutir a pauta de reivindicações dos metroviários.
Prazeres Júnior foi incisivo, especialmente quando tratou sobre o plano a participação dos lucros e resultados (PLR), gratificação dada a todos os funcionários do Metrô pelas metas atingidas. Diretores e gerentes, segundo ele, ganharão cerca de R$ 16 mil. Já os trabalhadores de cargos mais baixos, ou seja, a maioria, deverão receber menos, por volta de R$ 4 mil. "Agora, no Metrô, como na sociedade, temos gente diferenciada. Somos pessoas de segundo escalão para o Metrô. O diretor, o gerente, são de primeiro escalão", disse ele, arrematando que "isso irrita a categoria".
Ainda de acordo com Prazeres Júnior, uma notificação teria sido enviada para diversos funcionários da empresa nesta quarta-feira questionando se iriam aderir a greve. Eles teriam que assinar o documento, que circulou sem o timbre da empresa. A medida foi encarada como uma forma de intimidação. "Temos que travar uma guerra com a alta cúpula da empresa", afirmou ele. "Eu não esperava que a empresa entrasse nessa baixaria que entrou hoje."
Em sua vez de falar, o diretor de comunicação do sindicato, Ciro Moraes , atacou Walker e disse que o recuo da categoria é estratégico. "Vamos dar oportunidade para não falarem que estamos radicalizando, sendo eleitoreiros." A data prevista para a greve antecedia em apenas alguns dias o primeiro turno das eleições. Mas isso, segundo o sindicato, ocorreu porque o prazo de 120 dias, acertado no TRT para encerrar a greve de maio, terminou em setembro.
Ficou acertado que adesivos e coletes serão feitos para divulgar os motivos da paralisação. Eles serão usados pelos funcionários nos uniformes. A nova data da paralisação se refere ao término dos 20 dias para as negociações entre as partes.
Diversos membros do sindicato criticaram a decisão da desembargadora. "Nunca tinha uma juíza tão ruim quanto essa. Não entrou no mérito de todas as questões que tínhamos colocado", afirmou Prazeres Júnior.
Em nota, o Metrô informou que "mantém sua disposição de negociar" e que "estranha a decisão, tomada por um grupo inexpressivo de sindicalistas, de precipitar uma greve inútil para a categoria e cruel para a população".
Em uma audiência de conciliação promovida na terça-feira, 2, a desembargadora Rilma Aparecida Hemetério, do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 2ª Região, pediu para que a paralisação não ocorra nos próximos 20 dias. É esse o prazo dado para que o Metrô reapresente propostas trabalhistas para a categoria.
Visivelmente nervoso, o presidente do sindicato, Altino de Melo Prazeres Júnior, afirmou em seu discurso que participou de uma reunião às pressas ontem à noite com o secretário estadual dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, e o presidente da empresa, Peter Walker, para discutir a pauta de reivindicações dos metroviários.
Prazeres Júnior foi incisivo, especialmente quando tratou sobre o plano a participação dos lucros e resultados (PLR), gratificação dada a todos os funcionários do Metrô pelas metas atingidas. Diretores e gerentes, segundo ele, ganharão cerca de R$ 16 mil. Já os trabalhadores de cargos mais baixos, ou seja, a maioria, deverão receber menos, por volta de R$ 4 mil. "Agora, no Metrô, como na sociedade, temos gente diferenciada. Somos pessoas de segundo escalão para o Metrô. O diretor, o gerente, são de primeiro escalão", disse ele, arrematando que "isso irrita a categoria".
Ainda de acordo com Prazeres Júnior, uma notificação teria sido enviada para diversos funcionários da empresa nesta quarta-feira questionando se iriam aderir a greve. Eles teriam que assinar o documento, que circulou sem o timbre da empresa. A medida foi encarada como uma forma de intimidação. "Temos que travar uma guerra com a alta cúpula da empresa", afirmou ele. "Eu não esperava que a empresa entrasse nessa baixaria que entrou hoje."
Em sua vez de falar, o diretor de comunicação do sindicato, Ciro Moraes , atacou Walker e disse que o recuo da categoria é estratégico. "Vamos dar oportunidade para não falarem que estamos radicalizando, sendo eleitoreiros." A data prevista para a greve antecedia em apenas alguns dias o primeiro turno das eleições. Mas isso, segundo o sindicato, ocorreu porque o prazo de 120 dias, acertado no TRT para encerrar a greve de maio, terminou em setembro.
Ficou acertado que adesivos e coletes serão feitos para divulgar os motivos da paralisação. Eles serão usados pelos funcionários nos uniformes. A nova data da paralisação se refere ao término dos 20 dias para as negociações entre as partes.
Diversos membros do sindicato criticaram a decisão da desembargadora. "Nunca tinha uma juíza tão ruim quanto essa. Não entrou no mérito de todas as questões que tínhamos colocado", afirmou Prazeres Júnior.
Em nota, o Metrô informou que "mantém sua disposição de negociar" e que "estranha a decisão, tomada por um grupo inexpressivo de sindicalistas, de precipitar uma greve inútil para a categoria e cruel para a população".
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