O Metrô de São Paulo está utilizando pela
primeira vez, nas obras de construção das futuras estações da Linha 5, uma
ferramenta de tecnologia alemã que vai ajudar a acelerar o ritmo dos trabalhos e
economizar serviços e gastos. Trata-se da hidrofresa, uma escavadeira que faz
perfurações verticais, na velocidade de dois a cinco centímetros por
minuto.
Por enquanto, a ferramenta está em uso nas
obras da futura Estação Brooklin, mas a previsão é de que seja estendida para
toda a Linha 5 em 2013.
O engenheiro Arlindo José Giampá, chefe do
departamento de obra civil da Linha 5, afirma que a hidrofresa traz uma nova
dinâmica na construção de parede diafragma, ou seja, do muro vertical, também
conhecido como parede guia, moldado no solo para evitar o desbarrancamento de
terra durante a fundação da obra.
Há cerca de 60 anos, diz o engenheiro, esse
tipo de trabalho era totalmente mecânico e só na última década passou a ser
hidráulico. Após a escavação, era preciso fazer o bombeamento da terra para
impedir a vazão da água, separar e encher o buraco com bentonita (argila
umedecida que tapa os espaços vazios, impermeabiliza o solo e impede o
fechamento da vala). Em seguida é construída a parede guia por painéis –em média
um por dia. Porém, é necessário quebrar parte deles para colocar o tubo de
concretagem.
Economia
Com a hidrofresa o trabalho cai pela metade.
Não é mais preciso destruir o que foi construído e a máquina quebra o solo,
bombeia a terra para o reciclador e leva a bentonita. Apenas a parte inicial da
abertura da fenda continua sendo feita pelo clamshell.
Outra grande vantagem da hidrofresa é que ela
também controla a verticalidade do solo. Por sua tecnologia, a ferramenta é mais
cara do que a antiga, mas o custo/benefício compensa o investimento.
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