Quem passava pela Estação República na manhã de ontem, 18/01/2016, logo via o anúncio: "Tarifa reduzida temporariamente por falta de troco. R$ 3,75."
Desde que o reajuste entrou em vigor, em 09/01/2016, aumentando o
valor da tarifa de R$ 3,50 para R$ 3,80, são frequentes anúncios no
sistema de som pedindo ao passageiro que facilite o troco.
Além da redução de preço da passagem, a falta de troco causa grandes
filas nos guichês. Pela manhã, as estações Sé e Barra Funda acumulavam
passageiros que queriam comprar bilhetes e o mesmo se repetia em outros
lugares.
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"Percebi que tinha mais fila que o normal e um funcionário pedia que
quem tivesse o dinheiro exato fosse direto a tal guichê. Cheguei ao meu
destino e escutei os alto-falantes fazendo o mesmo anúncio", conta a
professora de idiomas Débora Tullio, que embarcou às 9h na Estação Santa
Cruz em direção à Portuguesa-Tietê, paradas da Linha 1-Azul.
Ela pagou R$ 3,75 pelo bilhete, o que se repetiu três vezes quando utilizou linhas de ônibus.
As filas ainda eram longas na Estação Santa Cruz até o começo da tarde,
por volta das 13h, quando o gestor de relacionamento Renato do Vale
passou pelo local.
"Aumento de tarifa
para um serviço degradante", classifica. De acordo com o gestor, apesar
da justificativa de dificuldades com o troco, havia poucos atendentes e
a tarifa não era menor naquele momento.
"Comprei dez passagens e paguei integral. Não reduziam para ninguém", diz.
De acordo com o procedimento operacional entregue aos funcionários do
Metrô, deve-se criar uma bilheteria expressa, para quem tem o valor
exato da passagem, assim que for notada a falta de troco.
Se o problema persistir, as salas de controle devem ser informadas para
que seja adotada a redução de tarifa e o novo valor seja determinado.
A partir daí, deve ser fixada comunicação visual com o valor definido e o
preço normal deve ser encoberto. Apenas um guichê deve ser mantido
aberto com tarifa normal até o início das vendas com tarifa reduzida.
"Para não prejudicar os passageiros, optou-se por reduzir - pontualmente
- a tarifa em algumas estações. Essa estratégia não está ligada ao
aumento da tarifa e, sim, à falta de circulação de moedas", afirma a
Companhia do Metrô, que também tem remanejado moedas entre as estações e
adquirido troco com o comércio dos arredores. O procedimento é o mesmo adotado na CPTM
"A redução é uma situação emergencial porque não podemos prejudicar a
arrecadação", pontua o gerente de relacionamento da CPTM Sérgio de
Carvalho, que afirma não ser possível mensurar o prejuízo por causa da
tarifa reduzida.
Além das campanhas publicitárias nas estações e nas redes sociais, a
companhia tem recorrido à Casa da Moeda para trocar cédulas.
"Infelizmente as pessoas têm o costume de reter moedas de 10 centavos,
que são as mais necessárias para o troco da nova tarifa".
No caso dos ônibus, a SPTrans sinaliza que é responsabilidade das empresas abastecerem os veículos com troco aos passageiros.
Caso o operador deixe de fornecer o troco correspondente, a empresa pode
ser multada no valor de R$ 360 e até R$ 720, em caso de reincidência.
A falta de troco pode ser denunciada pelos usuários nas redes sociais da
SPTrans, no site www.sptrans.com.br/SAC ou no telefone 156.
Fonte da Notícia: Revista Exame
Imagem: UOL
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