A Lava Jato investiga a suspeita de que a Odebrecht tenha pagado propina em obras do Metrô de São Paulo.
Os investigadores da Lava Jato encontraram diversos e-mails trocados por executivos da Odebrecht. As mensagens indicam que a construtora pode ter feito pagamento de propina em obras de duas linhas do Metrô de São Paulo, como mostra reportagem do jornal “O Estado de S.Paulo”.
Um e-mail, enviado em maio de 2006, fala sobre um aditivo de R$ 37 milhões na Linha 2-Verde. O funcionário da construtora lista três codinomes e valores.
A maior parte do dinheiro iria para alguém identificado como "Estrela". Outras duas pessoas, apelidadas de "Brasileiro" e "Bragança", ficariam com R$ 188 mil cada.
Em outra mensagem, de agosto de 2006, um executivo escreve para Marcelo Odebrecht: "Peço autorização para o fluxo abaixo: Codinome ‘cambada em SP’, a ser custeado pelo projeto PPP Linha 4-Amarela”.
PPP Linha 4-Amarela possivelmente seria parceria público-privada para a construção da Linha 4-Amarela. A mesma que, durante a obra, desabou e matou sete pessoas no início de 2007.
Numa mensagem de 2004, um diretor da Odebrecht, responsável pelo contrato da Linha 4-Amarela, menciona a executivos da construtora um valor de R$ 500 mil para uma ajuda de campanha - “com vistas a nossos interesses locais”, diz o texto - e a referência ao codinome "Santo".
Os investigadores ainda não sabem quem são esses codinomes mencionados.
Promotores do Ministério Público de São Paulo, que investigam as obras do Metrô de são Paulo, informaram que vão pedir as cópias desses e-mails e outros documentos apreendidos pela Lava Jato na Odebrecht.
O material servirá para complementar ações civis já propostas e inquéritos que apuram suposto pagamento de propina para agentes públicos.
Até investigações que não evoluíram por falta de provas podem ser desarquivadas.
O PSDB declarou que desconhece as informações citadas e que defende o aprofundamento da investigação para que sejam dirimidas dúvidas.
O metrô de São Paulo também afirmou que desconhece qualquer irregularidade em suas obras e que está à disposição da Lava Jato.
A Odebrecht não quis se manifestar.
Fonte da notícia: G1-SP
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