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quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Governo anuncia privatização das Linhas 5-Lilás e 17-Ouro ainda em 2016

O Governo Geraldo Alckmin bateu o martelo na privatização conjunta das Linhas 5-Lilás do Metrô, que está sendo ampliada, e 17-Ouro do Monotrilho, ainda em construção, na zona sul de São Paulo. A Secretaria Estadual dos Transportes Metropolitanos deve lançar ainda neste ano a licitação para conceder a operação de 27,5 km de trilhos e 25 estações à iniciativa privada por 30 anos.
O modelo foi sacramentado na reunião do conselho gestor do PED, responsável por definir as privatizações no Estado. Segundo o secretário dos Transportes Metropolitanos, Clodoaldo Pelissioni, a meta é concluir o processo de concessão das duas linhas até Julho de 2017, antes da entrega de 9 novas estações da Linha 5-Lilás, previstas para o segundo semestre de 2017. “Nós queremos que as novas estações já sejam operadas pelo concessionário”, disse. A décima estação (Campo Belo) ficou para Março de 2018.
Hoje, a Linha 5-Lilás opera com 9,3 km e 7 estações, ligando o Capão Redondo a Adolfo Pinheiro, na zona sul. Com a ampliação, a Linha 5-Lilás chegará até a Chácara Klabin, fazendo conexão com a Linha 1-Azul na Estação Santa Cruz e a Linha 2-Verde na Estação Chácara Klabin. Já o monotrilho da Linha 17-Ouro, prometido para 2014, deverá ser entregue pela metade (8 estações e 7,7 km) entre 2018 e 2019. As duas linhas farão conexão no Campo Belo (zona sul).
“Vai ser uma concessão única porque as linhas se cruzam no Campo Belo. Há uma sinergia de energia elétrica e integração na estação que está sendo construída lá”, explicou Pelissioni. “Será uma concessão por 30 anos na qual será cobrada uma outorga fixa de entrada e o concessionário receberá uma parcela da tarifa paga por passageiro transportado que continuará sendo arrecadada pelo Metrô. O Estado não vai mais aportar recurso nenhum”, completou.
Quando as obras estiverem totalmente concluídas, as duas linhas deverão receber cerca de 995 mil passageiros por dia, conforme estimativa feita pelo Metrô, atual responsável por operação e construção dos ramais. “Nós acreditamos que a operação privada é menos custosa. O Estado tem dificuldade de gerenciar porque tem a Lei de Licitações e certas burocracias necessárias porque se trata de empresa pública”, disse o secretário.
Segundo Pelissioni, o governo Alckmin também deve concluir até o fim do ano os estudos para a privatização da Linha 15-Prata do Monotrilho, que ligará a Vila Prudente até São Mateus, na zona leste da capital. O trecho também havia sido prometido para 2014 com distância mais longa, até Cidade Tiradentes, mas deve ser concluída com 16 km a menos em 2018. “Os estudos ainda estão sendo concluídos. Também queremos aprovar ali uma concessão dos serviços. É a próxima na pauta.”
Com a concessão das três linhas, São Paulo terá cinco das oito linhas de Metrô e Monotrilho sob operação da iniciativa privada. Hoje, a Linha 4-Amarela já é operada pelo Consórcio Via Quatro, e a Futura Linha 6-Laranja está sendo concluída no regime de PPP, no qual a operação também será feita pela setor privado.
Fonte da Notícia: Revista Ferroviária/O Estado de São Paulo

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