Alvo de questionamentos do TCE e de ação judicial do Ministério Público Estadual, a 2ª Fase da Linha 5-Lilás
do Metrô vai ficar R$ 260,8 milhões mais cara. O Metrô assinou dois novos contratos para obras de “acabamento” e
“acessos” em duas estações e no pátio de manutenção e estacionamento de trens que
estão em construção na zona sul da capital.
Somente no Pátio Guido Caloi, no Jardim São Luís, o custo
das obras, que tiveram início em janeiro de 2013, subirão 54%, de R$ 297,1
milhões para R$ 457 milhões. O novo contrato, no valor de R$ 159,9 milhões, foi
assinado com o consórcio Via-Planova, com prazo de 21 meses de execução. O Governador Geraldo Alckmin havia prometido entregar esse pátio em 2015.
Agora, a previsão é para o final de 2017.
O Metrô afirma que “no decorrer da obra” sua equipe de engenheiros
“constatou a necessidade de reforçar as fundações do Pátio Guido Caloi” e que
“as lajes de sustentação das paredes do estacionamento subterrâneo de trens (a
25 metros de profundidade) também sofreram alterações no método construtivo por
causa das características arenosas do solo”.
Já o segundo contrato, no valor de R$ 100,1 milhões, foi
assinado com a construtora Construcap para a execução de instalações
hidráulicas, paisagismo, urbanismo e requalificação do entorno nas estações
AACDServidor e Hospital São Paulo, que chegaram a ser prometidas para 2014 e
também devem ser entregues até o fim de 2017. Esse trecho já está em construção
pelo consórcio Carioca-Cetenco por R$ 458,5 milhões.
“Houve a necessidade de contratação complementar por conta
de intercorrências inerentes à complexidade do empreendimento”, afirma o Metrô,
que nega ter havido aumento de custos. Segundo a estatal, houve economia de
30%, ou US$ 134 milhões, no contrato de financiamento da obra com o BID. “O Metrô negocia com o agente
financiador o remanejamento para custear obras complementares.”
O aumento de custos da Linha 5-Lilás, que fará a conexão com
as Linhas 1-Azul e 2-Verde e terá 11,5 km de extensão e mais dez estações (só
Adolfo Pinheiro foi entregue em Fev/2014), já é alvo de investigação do TCE. O tribunal
apura diferenças entre orçamentos e quantidade de material consumido na
construção, que fizeram o orçamento da obra saltar de R$ 3,4 bilhões para R$
4,5 bilhões. Em Junho de 2016, o conselheiro Antonio Roque Citadini deu prazo de 60
dias para o Metrô explicar uma série de alterações feitas nos contratos.
No começo de Julho de 2016, o MPE moveu ação judicial pedindo a
condenação do Metrô e oito agentes públicos, entre os quais cinco
ex-presidentes da companhia e o atual Secretário Estadual de Transportes
Metropolitanos, Clodoaldo Pelissioni, pelo suposto abandono de 26 trens da
Linha 5-Lilás. As composições foram compradas em 2011 por R$ 615 milhões e estão
paradas porque a conclusão da linha atrasou. O Metrô nega prejuízo
Fonte da Notícia: Revista Ferroviária
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