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segunda-feira, 25 de julho de 2016

26 Novos Trens da Frota P são encontrados sem serviço do Pátio Guido Caloi e são alvos de calúnias por parte do Ministério Público

O Ministério Público de São Paulo denunciou por improbidade administrativa nove pessoas, entre elas o atual e o ex-secretário de Transportes Metropolitanos e seis ex-presidentes do Metrô de São Paulo, após constatar que 26 trens novos estão guardados em pátios, alguns há mais de dois anos. 

Segundo as investigações, os 26 trens foram comprados por R$ 615 milhões. Do total, 16 já foram entregues e dez estão na fabricante à espera de um local para serem guardados. Eles foram comprados para a Linha 5-Lilás, que vai ligar o extremo da Zona Sul com outras duas linhas, que tem sete estações e ainda está em expansão. A previsão inicial de entrega era de 2014 e passou para 2018.

Em 2010, o Governo de São Paulo determinou a paralisação das licitações depois de denúncias de irregularidades no processo. Mesmo com as obras paradas, em 2011, o governo comprou os trens.

Na denúncia de improbidade administrativa, o promotor Marcelo Milani diz que “os trens estão abandonados e foram vandalizados”.

“Esses trens já estão parados há dois anos, já estão perdendo a garantia.Tudo que está colocado naquele trem, principalmente em questão de eletrônica, de funcionamento não vai ter utilidade, perdeu a utilidade”, disse Milani.

A investigação apontou ainda que os trens novos têm bitolas (distância entre os trilhos), de 1,37 metro, mas já existe um trecho da Linha-5 Lilás com trens com bitolas maiores.

“Os trens que ali não tem a mesma capacidade, tem que ser trocado no curso da mesma linha. Sem contar que tem sistema de operação completamente diferentes por isso também os agentes públicos estão sendo responsabilizados”, afirmou Milani.

Defesa
 
O secretário de Transportes Metropolitanos, Clodoaldo Pelissioni, o ex-secretário Jurandir Fernandes, o ex-presidente do Metrô Sergio Avelleda, e mais seis foram denunciados.
Jurandir Fernandes afirmou que vai se inteirar do caso para prestar todos os esclarecimentos necessários.

As assessorias do Governo de São Paulo e do Secretário de Transportes Metropolitanos Clodoaldo Pelissioni, disseram que quem fala sobre a denúncia do Ministério Público é o Metrô.

O ex-presidente do Metrô Sergio Avelleda disse que desconhece o teor da ação e que esse contrato não foi assinado por ele.

A fabricante dos trens, a CAF Brasil, disse que não comenta contratos em andamento em razão das cláusulas de confidencialidade.

Fonte da Notícia: G1-SP

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