Mapa da Linha 17-Ouro do Monotrilho |
O que já estava atrasado e com trechos de obras congelados, vai registrar uma demora maior ainda para ser concluído.
O Metrô de São Paulo rescindiu o contrato com consórcio das empresas
Andrade Gutierrez e CR Almeida para construção de três das oito estações
e de um pátio de manobras dos trens que deveriam estar em andamento da Linha 17-Ouro do Monotrilho, que era prevista para ligar o aeroporto de
Congonhas, na zona sul da capital paulista, à região do Morumbi.
De acordo com reportagem do jornal Valor Econômico, o motivo é o
abandono das obras que teria ocorrido no final do ano de 2015 pelo
consórcio, que pode ser multado em R$ 100 milhões.
O Metrô fez vistoria nas obras em dezembro e constatou o abandono. As
empresas foram notificadas, mas decidiram não optar pela continuação
dos trabalhos da Linha 17-Ouro do monotrilho. Na última semana, as
empresas então formalizaram a desistência da obra , alegando
dificuldades para executar as intervenções dentro do orçamento previsto.
A construção do pátio era orçada em mais de R$ 268 milhões e
recebeu aditivo superior a R$ 48 milhões. Já as três estações custariam
mais de R$ 129 milhões, mas o valor da obra foi reduzido para quase R$
120 milhões. Do total de R$ 436 milhões das obras, R$ 199 milhões foram
pagos até dezembro. – diz a matéria.
Tanto a Andrade Gutierrez como a CR Almeida são citadas na Operação
Lava Jato, da Polícia Federal, que investiga o maior esquema de
corrupção verificado até o momento no país envolvendo integrantes do
Governo Federal, Petrobrás, partidos políticos, empreiteiras e bancos.
O Metrô não deve inicialmente fazer uma nova licitação. A companhia
estatal deve procurar a segunda colocada da licitação anterior para
convidar à continuidade das obras.
O atraso da Linha 17-Ouro do Monotrilho, que já tem os trechos das
extremidades com obras congeladas, pode interferir em outra linha do
trem que circula em elevados.
De acordo com uma cláusula de contrato, a Linha 18-Bronze, do Monotrilho do ABC, só pode ser construído depois de testes com a Linha 17-Ouro. O Metrô não tem esta interpretação.
Além deste entrave, a Linha 18-Bronze possui dúvidas técnicas, como
qual a atitude a ser tomada diante de galerias de água que não estavam
no projeto na Avenida Brigadeiro Faria Lima, no centro de São Bernardo
do Campo, desapropriações e a questão de financiamento, também não
definida. Há contestações técnicas sobre se vale a pena ou não iniciar a
construção da Linha 18-Bronze, mesmo com contrato assinado.
Já é o segundo problema deste tipo envolvendo obras para o Metrô. No ano de 2015, foi rompido o contrato entre o Metrô e o Consórcio
Isolux-Corsán-Corviam para obras do prolongamento da Linha 4 Amarela, de
um pátio de manobra de trens e de um terminal de ônibus na Vila Sônia.
Matéria do jornal El País, que ouviu especialistas em transportes,
traz a opinião unânime destes técnicos que o sistema hoje representa
sinais de atrasos e controversas.
Fonte da Notícia: Blog Ponto de Ônibus
Imagem: Mobilize
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