Manifestações contra o reajuste no transporte público em Jan/2015 |
O Movimento Passe Livre marcou um protesto em 08/01/2016, na
véspera do aumento da tarifa de ônibus, metrô e trem para R$ 3,80,
anunciada ontem, 30/12/2015. A informação foi confirmada pela
militante do grupo, Luíze Tavares. O local, horário e trajeto ainda
serão definidos. O Movimento diz que o ato do dia 08/01/2016 é apenas o primeiro.
"O MPL encara o aumento de forma bem combatente. Nem nós nem as pessoas
vão ficar à mercê. Porque as pessoas sentem no bolso e estão bem
incomodadas. Vamos bater de frente com o aumento", disse Luíze.
Os bilhetes unitários, atualmente em R$ 3,50, vão passar para R$ 3,80 a
partir do dia 09/01/2016. O reajuste será de 8,6% e vai ficar abaixo
da inflação, já que a previsão do IPCA é de 10,72%. Com o aumento, as tarifas de integração devem subir
de R$ 5,45 para R$ 5,92.
De acordo com a militante, o MPL vai às ruas contra o aumento da tarifa
e em defesa da principal bandeira do grupo, a tarifa zero. "Transporte
tem que ser tratado como direito social. Como a gente pode falar que uma
educação e uma saúde são públicas se a gente paga R$3,50, e agora R$
3,80, para chegar a esses lugares?", questionou.
Estudantes secundaristas que ocuparam escolas contra a reorganização
proposta por Alckmin manifestaram apoio ao MPL e vão participar do
protesto. É o caso da Escola Estadual Fernão Dias, em Pinheiros, que já
se mobiliza para ir às ruas.
Alckmin culpa preço da energia pelo aumento na tarifa de transporte
"O preço da tarifa do transporte público está sempre na agenda dos
estudantes. Não podemos ter uma educação de qualidade sem ter a
liberdade de ir e vir. Para ir ao cinema, teatro, museu ficamos
emperrados por uma catraca. Então, essa luta é nossa, sim", disse o
estudante do 3º ano, Heudes Cássio Oliveira, de 18 anos.
Nas redes sociais, o coletivo "Mal Educado", criado pelos secundaristas
durante as ocupações, informou que o aumento é "mais um golpe contra
estudantes e trabalhadores" e que "2016 é ano de luta". Já o Movimento
Luta do Transporte no Extremo Sul publicou nota afirmando que "3,80 o
trabalhador não aguenta".
O presidente do Sindicato dos Metroviários, Altino de Melo Prazeres
Júnior, disse que o aumento dificulta o acesso da população, já
"prejudicada com a crise econômica". "O que os governos fizeram foi uma
maldade nesse fim de ano com a população, anunciando o aumento da
passagem, quando poderiam estar discutindo a redução para ajudar as
pessoas", afirmou.
Preços das tarifas de ônibus, trem e metrô subirão em São Paulo
Segundo Júnior, o Sindicato vai se mobilizar com o MPL contra o
aumento. "Vamos discutir com os advogados todas as medidas possíveis e
cabíveis para entrar na Justiça contra o reajuste. A nossa intenção é
que o governo volte atrás", disse.
Representantes do Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em
Transporte Rodoviário Urbano não foram localizados pela reportagem.
Fonte da Notícia e Imagem: Veja SP
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