Túnel em construção nas obras da Linha 4-Amarela |
A Justiça de São Paulo suspendeu multas milionárias impostas pelo Metrô
de São Paulo ao consórcio espanhol Isolux Corsán-Corviam, que era
responsável por concluir a Linha 4-Amarela do Metrô, mas que teve o
contrato quebrado pelo Metrô após as obras serem paralisadas.
As multas chegam a R$ 23,5 milhões e correspondem a 5% do valor
correspondente ao que faltava executar das obras. O consórcio foi
contratado em 2012 por R$ 1,8 bilhão para construir as estações Vila
Sônia, São Paulo-Morumbi, Oscar Freire e Higienópolis-Mackenzie, além de
um pátio de manobras e um terminal de ônibus na Vila Sônia. Pouco do
serviço contratado, porém, foi entregue, e o Governo Estadual prepara
uma nova licitação para dar andamento a obra.
O Metrô disse, em nota, que irá recorrer da decisão da Justiça
.
A decisão do desembargador Rubens Rihl, da 8ª Câmara de Direito
Público, acatou a argumentação do consórcio de que há chance de “dano
irreparável decorrente das penalidades aplicadas”, que incluem ainda o
impedimento de contratar com a administração pública por um período de
dois anos.
O consórcio pediu na Justiça que um tribunal arbitral previsto em contrato analise valores de indenizações do rompimento de contrato. Já o Metrô argumentou que a própria Justiça pode decidir sobre o tema.
O consórcio pediu na Justiça que um tribunal arbitral previsto em contrato analise valores de indenizações do rompimento de contrato. Já o Metrô argumentou que a própria Justiça pode decidir sobre o tema.
A decisão do desembargador Rubens Rihl não é definitiva. Ele entendeu
que a multa deve ficar suspensa até que essa e as outras questões entre o
Metrô e a empresa no processo sejam julgadas. O despacho do
desembargador, do dia 22/10/2015, derrubou decisão de primeira
instância que já tinha cassado uma liminar obtida anteriormente pelo
consórcio e que vedava a aplicação de multas.
A rescisão do contrato foi anunciada pelo Governador Geraldo Alckmin em Fevereiro de 2015. Agora, o governo corre para fazer uma
nova licitação para a construção das estações Vila Sônia, São
Paulo-Morumbi, Oscar Freire e Higienópolis-Mackenzie, além de um pátio
de manobras e um terminal de ônibus na Vila Sônia.
O Metrô rompeu os contratos de forma unilateral, alegando que não foram
atendidas cláusulas contratuais. Já o consórcio Isolux Corsán-Corvian
disse que as empresas contratadas pelo Metrô atrasaram a entrega dos
projetos e isso aumentou o prazo da obra em 50%.
“A Isolux está segura de que cumpriu todas as suas obrigações e que a
inviabilidade do contrato não pode ser atribuída a qualquer falha ou
quebra de contrato por sua parte”, disse a empresa. A Isolux afirma ainda que buscava um contrato amigável.
A empresa diz que valores referentes a indenizações devem ser decididos por um tribunal arbitral previsto em contrato.
Próximo ano: 2016
O Secretário de Transportes Metropolitanos, Clodoaldo Pelissioni, afirmou em agosto que as obras nas estações da Linha 4-Amarela só irão recomeçar no ano que vem (2016). A expectativa da empresa é lançar ainda em 2015 o edital de licitação.
Para agilizar a entrega das estações que já estão atrasadas, a
Secretaria de Transportes Metropolitanos negocia com o Banco Mundial,
que financia a obra, pular o sistema de pré-qualificação anterior das
empresas que participarão da nova licitação.
Fonte da Notícia: G1-SP
Imagem de Fernando Nascimento
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