O pai do jovem que morreu após ser abordado no Metrô de São Paulo,
na terça-feira (01/09/2015), disse acreditar que uma suposta agressão de um
segurança da companhia causou a morte do filho. A empresa nega a
acusação e diz que o adolescente sofreu um mal súbito. “Mataram meu
filho”, disse ao G1 o pedreiro Gilberto do Nascimento, de 47 anos.
Isaac Tomé do Nascimento, de 17 anos, discutiu com seguranças na manhã
daquele dia após pular a catraca da Estação Anhangabaú. Depois de pagar a
passagem, ele e mais três amigos foram acompanhados pelos vigias até a
Estação Sé, também na Linha 3-Vermelha. Lá, o jovem passou mal e foi
levado até o pronto-socorro da Santa Casa, mas não resistiu.
O caso foi registrado na Polícia Civil como morte suspeita. Segundo o
delegado Osvaldo Nico Gonçalves, que acompanha o caso, um médico-legista
informou não ter encontrado sinais internos ou externos de lesões
graves no corpo do jovem. “Ele tinha uma doença
chamada 'coração grosso', que com substância alcoólica, com droga ou
excitação, ela pode levá-lo a óbito a qualquer momento." Laudos
complementares vão confirmar a causa da morte.
O pai disse desconhecer a doença, mas confirmou que o jovem fumava
maconha. Apesar de o corpo de Isaac não apresentar sinais de violência,
Gilberto acredita na versão dada pelos amigos do rapaz de que ele
apanhou. “Se porventura tivesse esse problema de saúde, ele [segurança]
causou a morte do meu filho. Ele deu um soco no peito do meu filho e ele
caiu morto.” O segurança disse à polícia que só segurou o braço do
adolescente.
Segundo o advogado Ariel de Castro Alves, coordenador paulista do
Movimento Nacional de Direitos Humanos, a “morte do jovem é bastante
suspeita”. “A polícia precisa investigar também se o Metrô encaminhou
para a delegacia todas as imagens que dispunha, sem edições e cortes”,
acrescentou, referindo-se às câmeras de segurança presentes nas
estações. O Metrô enviou aos policiais imagens que mostram a
abordagem dos seguranças e o momento em que o jovem é levado em uma maca
O enterro de Isaac estava previsto para acontecer na manhã de ontem, 03/09/2015, no Cemitério da Vila Formosa, na Zona Leste de São Paulo. A
família não faria velório por não ter dinheiro para pagar a cerimônia.
Fonte da Notícia: G1-SP
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