Portas-Plataforma da Estação Vila Matilde ainda não funcionam |
As portas automáticas na Estação Vila Matilde, da Linha 3-Vermelha do
Metrô de São Paulo, completaram cinco anos sem que o sistema de proteção
tenha sido, de fato, colocado em uso regular. O processo de implantação
começou em 2010 com o objetivo de diminuir o número de acidentes e
suicídios no Metrô.
As portas só deveriam se abrir no momento em que o trem fica
emparelhado à estação. Mas, na Estação Vila Matilde, elas ficam
constantemente abertas. O Metrô informou ao G1 que rompeu o contrato com a empresa responsável (que previa a instalação em outras 12 estações).
"Ficou comprovada, pela experiência em Vila Matilde, a falta de
capacidade de uma das empresas contratadas em executá-lo", afirma o
Metrô em nota.
O valor total do contrato era de R$ 71.447.002,16 e, segundo o Metrô,
foram pagos somente R$ 8,5 milhões, "correspondentes aos serviços
efetivamente prestados."
Por causa do atraso, a empresa chegou a ser multada em 10% do valor do contrato (R$ 7,1 milhões). Os problemas na contratação são alvos de investigação do Ministério Público desde 2013.
De acordo com o Metrô, o consórcio contratado para executar os serviços era formado pelas empresas Poscon (coreana) e Trends (brasileira). "Esta última apresentou problemas de ordem financeira, levando à paralisação temporária dos serviços no início de 2011. Atualmente são feitos testes destes equipamentos aos domingos", afirma o Metrô.
Por causa do atraso, a empresa chegou a ser multada em 10% do valor do contrato (R$ 7,1 milhões). Os problemas na contratação são alvos de investigação do Ministério Público desde 2013.
De acordo com o Metrô, o consórcio contratado para executar os serviços era formado pelas empresas Poscon (coreana) e Trends (brasileira). "Esta última apresentou problemas de ordem financeira, levando à paralisação temporária dos serviços no início de 2011. Atualmente são feitos testes destes equipamentos aos domingos", afirma o Metrô.
Passageiros que passam diariamente pela estação afirmam que viram o
sistema ativo em poucas situações. O usuário Mauro Silva, de 58 anos,
embarca em Vila Matilde de segunda à sexta, e nunca viu as portas
funcionarem.
Guilherme Veiga Rossi, de 18 anos, conta também que algumas vezes não
conseguiu descer na estação. O trem não parou com as portas paralelas às
portas da plataforma, e os usuários não conseguiram sair. Tiveram que
esperar a próxima parada e voltar uma estação.
Instalação caótica
Durante o período de implantação das portas, os trens circulavam nos dois sentidos por uma única via entre as Estações Penha e Guilhermina-Esperança das 22h do sábado até o final da operação de domingo. Durante esse tempo, os passageiros do Metrô precisavam trocar duas vezes de composição no trecho.
A usuária Marcela Marques de Lima mora próxima à estação e relembra a
instalação como um período caótico. “E hoje em dia eu não vejo funcionar
com frequência. É dinheiro jogado no lixo”, diz.
Vila Matilde foi a primeira de outras 12 estações da Linha 3-Vermelha que
deveriam receber as portas de segurança. Mas, depois dessa primeira
etapa do projeto, o contrato foi rescindido.
O sistema de portas de segurança funciona hoje em toda a Linha
4-Amarela; nas estações Sacomã, Tamanduateí e Terminal Vila Prudente, as mais
recentes da Linha 2-Verde; na Linha 5-Lilas na Estação Adolfo Pinheiro e na Linha 15-Prata nas estações Terminal Vila Prudente e Oratório.
Fonte da Notícia: G1-SP
Imagem: Ana Leonardi
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