A bancada do PT na Assembleia Legislativa travou a votação de projeto de lei que autoriza financiamento
de US$ 182,7 milhões (R$ 533,5 milhões) para pagamento de
desapropriações no traçado da Linha 18-Bronze do Metrô, que ligará a Capital ao Grande ABC. A
manobra petista atrasa o planejamento do Governador Geraldo Alckmin em acelerar o acesso da região ao ramal de transporte coletivo
que terá custo total de R$ 4,26 bilhões e beneficiará, principalmente,
cidades administradas pelo próprio PT.
O bloco governista, liderado pelo deputado
estadual Barros Munhoz conseguiu inverter a pauta do dia e
colocar o projeto de lei em primeiro na ordem de votação, mesmo com voto
pela obstrução das bancadas do PT, DEM, PMDB, PSD, SD, PEN e PV. A
proposta foi exaustivamente discutida junto aos petistas, que se negaram
a acertar acordo para apreciar o item.
Para evitar análise da proposta no plenário,
a bancada do PT aproveitou ausências de governistas na Assembleia,
retirou parte de seus deputados, incluindo Ana do Carmo, do PT de São
Bernardo, e pediu confirmação de presença. “Como tinham menos de 24
parlamentares presentes à sessão, é automaticamente derrubada”, lamentou
o deputado estadual Orlando Morando (PSDB-São Bernardo).
Ao longo dos 15,7 quilômetros de extensão, a Linha 18-Bronze
sairá da Capital, da Estação Tamanduateí, conectando a Linha 2-Verde,
passará por São Caetano, Santo André e São Bernardo, com ponto final na
parada Djalma Dutra. O prefeito
são-bernardense, Luiz Marinho (PT), foi quem viabilizou recursos para
produção do projeto básico da obra. Além disso, a presidente Dilma
Rousseff (PT) repartiu R$ 1,92 bilhão com o Palácio dos Bandeirantes do
investimento público no projeto.
“Pela primeira vez o governo federal colocou R$ 400 milhões a fundo
perdido em uma obra do Metrô. O projeto beneficia São Caetano, que é
governada pelo partido do vice da Dilma (Michel Temer do PMDB,
correligionário do prefeito Paulo Pinheiro) e Santo André e São Bernardo
administradas pelo PT (Carlos Grana e Marinho). É uma postura
lamentável”, afirmou Morando.
O embate de petistas com o governo teve início depois que Alckmin
anunciou contingenciamento de R$ 6,6 bilhões no Orçamento estadual. A
medida inclui congelamento do reajuste a abonos, gratificações e PLR concedidos anualmente aos
funcionalismo público. O PT perderá oito das atuais 22 cadeiras na
Assembleia no dia 15/04/2015, quando haverá posse dos deputados eleitos e
reeleitos em 2015.
Fonte da Notícia: Diário do Grande ABC
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