Pesquisa

segunda-feira, 23 de março de 2015

PT barra projeto de financiamento para construção da Linha 18-Bronze

A bancada do PT na Assembleia Legislativa travou a votação de projeto de lei que autoriza financiamento de US$ 182,7 milhões (R$ 533,5 milhões) para pagamento de desapropriações no traçado da Linha 18-Bronze do Metrô, que ligará a Capital ao Grande ABC. A manobra petista atrasa o planejamento do Governador Geraldo Alckmin em acelerar o acesso da região ao ramal de transporte coletivo que terá custo total de R$ 4,26 bilhões e beneficiará, principalmente, cidades administradas pelo próprio PT.

O bloco governista, liderado pelo deputado estadual Barros Munhoz conseguiu inverter a pauta do dia e colocar o projeto de lei em primeiro na ordem de votação, mesmo com voto pela obstrução das bancadas do PT, DEM, PMDB, PSD, SD, PEN e PV. A proposta foi exaustivamente discutida junto aos petistas, que se negaram a acertar acordo para apreciar o item.

Para evitar análise da proposta no plenário, a bancada do PT aproveitou ausências de governistas na Assembleia, retirou parte de seus deputados, incluindo Ana do Carmo, do PT de São Bernardo, e pediu confirmação de presença. “Como tinham menos de 24 parlamentares presentes à sessão, é automaticamente derrubada”, lamentou o deputado estadual Orlando Morando (PSDB-São Bernardo).

Ao longo dos 15,7 quilômetros de extensão, a Linha 18-Bronze sairá da Capital, da Estação Tamanduateí, conectando a Linha 2-Verde, passará por São Caetano, Santo André e São Bernardo, com ponto final na parada Djalma Dutra. O prefeito são-bernardense, Luiz Marinho (PT), foi quem viabilizou recursos para produção do projeto básico da obra. Além disso, a presidente Dilma Rousseff (PT) repartiu R$ 1,92 bilhão com o Palácio dos Bandeirantes do investimento público no projeto.

“Pela primeira vez o governo federal colocou R$ 400 milhões a fundo perdido em uma obra do Metrô. O projeto beneficia São Caetano, que é governada pelo partido do vice da Dilma (Michel Temer do PMDB, correligionário do prefeito Paulo Pinheiro) e Santo André e São Bernardo administradas pelo PT (Carlos Grana e Marinho). É uma postura lamentável”, afirmou Morando.

O embate de petistas com o governo teve início depois que Alckmin anunciou contingenciamento de R$ 6,6 bilhões no Orçamento estadual. A medida inclui congelamento do reajuste a abonos, gratificações e PLR concedidos anualmente aos funcionalismo público. O PT perderá oito das atuais 22 cadeiras na Assembleia no dia 15/04/2015, quando haverá posse dos deputados eleitos e reeleitos em 2015.

Fonte da Notícia: Diário do Grande ABC

Nenhum comentário:

Postar um comentário